Os estagiários INOV Contacto demonstrou que quando se quer é possível ajudar e abraçou uma causa. Ajudar um orfanato em Moçambique.
Porque uma imagem vale mais que mil palavras!
No
No passado dia 11 de Setembro realizou-se mais uma sessão de encerramento da 2ª edição 2008/2009 do programa Inov Contacto, passando, deste modo, mais 378 contacteantes a interagir com a Network Contacto.
As Sessões de Abertura e Encerramento foram feitas pelo Administrador da aicep Portugal Global, Engº José Vital Morgado e Coordenadora do Programa Drª Maria João Bobone.
Oito grupos de estagiários partilharam as suas experiências internacionais, designadamente os estagiários das empresas Grupo Pestana e Grupo Dão Sul e dos mercados da Argélia, Holanda, México e Timor.
O Dr. Nuno Várzea apresentou os resultados desta edição e comparativo com as edições anteriores
No final da sessão de trabalho foram distribuídos os certificados de frequência “Contacto”.
As instalações para a realização desta acção foram gentilmente cedidas pelo Instituto Português da Juventude, tendo também estado presentes no início da sessão, a dar as Boas Vindas, a Presidente deste Instituto, Drª Helena Alves e o Director Regional do Centro, Dr. Miguel Nascimento.
Telmo Pereira | C13
Cisco-Systems, Inc
San Jose, EUA
O mundo da informação é cada vez mais vasto, mas simultaneamente mais complexo e incerto, colocando-nos perante numerosos e constantes desafios individuais e colectivos.
Com o surgimento da grande rede, a Internet, o acesso a um mundo de informação passou de uma simples visão utópica para uma realidade inabalável.
Hoje, termos como a Web 2.0, instigam a nossa mente para uma nova geração de serviços e surge associada a diversos ícones da Internet actual, os Blogues, a Wikipedia, o Facebook, o Twitter ou talvez, a bandeira mais luzente da web 2.0, os sites de partilha de vídeos como o YouTube ou o GoogleVideo.
Mas afinal do que falamos? Web 2.0? Trata-se de um termo usual nos dias de hoje, mas os limites da sua definição são preponderantemente indeterminados dada a sua abrangência. Sinteticamente podemos referir-nos à web 2.0 como uma suposta segunda geração de serviços de Internet, que visam a partilha de informação e comunicação entre os internautas, promovendo a interactividade e a participação de todos, numa percepção e concepção da web como plataforma. Presentemente, praticamente todos nós somos utilizadores directos e consumidores da informação, estamos quotidianamente em contacto com o digital, mas somos em muitos casos, também, os criadores desta informação, ajudando a tecer esta teia do Conhecimento. É desta forma que assumimos um papel interventivo, mais presente e participativo no mundo da informação. Se como receptores da informação o nosso papel passa por filtrar criteriosamente a informação a que acedemos, na maioria das vezes não mediada por qualquer entidade ou organização confiável, realça-se que como criadores de informação, a nossa responsabilidade é catapultada para um outro patamar, pelo que metodologia, responsabilidade, coerência, bom senso, honestidade são características que devem estar subjacentes nas nossas páginas on-line, ou nos nossos blogues. Só desta forma podemos contribuir para o consolidar, e não, o degradar desta teia de informação.
Nas últimas duas décadas assistiu-se ao desenvolvimento da comunicação a uma velocidade estonteante, tendo as tecnologias de informação invadido, praticamente todas áreas da vida da sociedade. Mudança que fez nascer toda uma geração de comunicadores.
Uns dos principais veículos da informação, sustentáculo essencial em todo este processo de revolução tecnológica, foram os telemóveis. Estes contribuem para um contacto mais directo com o mundo do digital, seja através de SMSs, MMSs, blogues, sites de Internet, listas de correio electrónico, video-on-demand, movileTV, tudo está disponível nos mais sofisticados dispositivos móveis, que nos ligam ao Mundo.
Outro factor de realce para esta evolução da comunicação, foi o portátil que se tornou comum na vida universitária e no mundo empresarial e começa a ser comum em muitos meios da sociedade. A mobilidade é hoje também palavra de ordem. Existem actualmente milhares e milhares de hotspots, redes metropolitanas e celulares que suportam todo este disseminar de informação.
Pessoalmente acredito que o futuro passará por tecnologias como o WiMAX e LTE, que abrirão alas para as redes da quarta geração fornecendo larguras de banda superiores e cobertura superior às tecnologias actuais. No entanto, a minha percepção é muito clara quanto a isso. Não existe nenhuma tecnologia capaz de substituir e suplantar todas as outras existentes sendo também ela economicamente viável para figurar como a tecnologia de eleição nas redes da próxima geração. Logo, do ponto de vista do operador de telecomunicações o suporte desta nova geração de serviços passa pela integração de redes heterogéneas e integração dos diversos serviços e plataformas de controlo e gestão, que permitirão o fornecimento de mais e melhores soluções.
A convergência tecnológica aponta para uma integração das redes de informação e comunicação e a mutação dos serviços que passarão de uma perspectiva vertical para uma perspectiva horizontal (multi-serviço), sendo que será indiferente a tecnologia que estaremos a utilizar.
Estão abertos os caminhos para o “Fantastic Four” ou dito quadruple-play e para toda uma nova geração de serviços, o que impõe consequentemente novos desafios às operadoras de telecomunicações, nesta sinergia constante de desafio/progresso tecnológico.
No contexto nacional, parece evidente que qualquer evolução significativa na melhoria das condições actuais de exploração das TI, passa forçosamente por um empenhamento político determinado e esclarecido, assente num conjunto claro de objectivos alicerçado em metas realistas predefinidas e auditáveis. O Plano Tecnológico é um pequeno passo com metas ainda algo distantes.
Não restam dúvidas que tudo parece convergir para a evolução do digital. A tecnologia tem um papel catalisador para o desenvolvimento da sociedade. A sociedade por um lado impõe e influencia a inovação tecnológica e adopção de novas tecnologias. No entanto, estas surgem também de perspectivas visionárias, muitas vezes futurologistas, que não têm como base essencial o suprir de uma necessidade.
O tema Tecnologia prolonga-se muito para além do que foi traçado nestas linhas e muito fica por dizer. Contudo e por enquanto termino por aqui. Espero ter cativado a sua atenção, para este mundo paralelo em que vivemos.
Escrever sobre o meu processo de Aculturação neste Estágio, faz-me pensar que embora esta não seja a primeira vez que vivo fora do país onde nasci e cresci, nem a primeira experiência de trabalho fora dele, é sem dúvida, a primeira vez que me encontro a viver num sítio onde a Língua me surge como algo tão distante e de tão difícil apreensão.
A sensação de não pertença instala-se, ou instalou-se em mim, disfarçadamente, sem que me fosse dando conta. Por esta altura, mais de 4 meses passados, habituei-me com naturalidade a não compreender os avisos sonoros do tram, do metro, do bus, os recados deixados na entrada do edifício, os jornais na rua e um sem fim de contactos ocasionais no dia-a-dia.
O processo vivido até agora foi variando ao longo do tempo. Pela minha experiência, não creio que se possa definir de forma clara, estados distintos de encontro ou desencontro com a nova cultura a que estamos expostos. No entanto, concordo que há uma série de etapas que provavelmente serão comuns à maior parte de nós.
foi uma vontade e uma opção viver no estrangeiro
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Parece-me que, inicialmente, a chegada a um país novo, a necessidade de ter de lidar com uma série de aspectos práticos, nomeadamente: habitação, contas, transportes, emprego, ruas e percursos, nos obriga a uma dinâmica que elimina espaço para dúvidas ou longas meditações. Acrescida a estas necessidades práticas vem a curiosidade e vontade de conhecer o nosso novo ambiente. Porque, para mim, ao interesse e talvez até à necessidade de me deparar com situações novas que me forcem a redefinir, que me tragam a sensação de que de repente nada é familiar, vem associada uma tendência para criar novas rotinas. Encontrar o café da vizinhança, a mercearia que está aberta ao fim de semana, o cinema onde os filmes não são dobrados em húngaro, os sítios para estacionar a bicicleta, tudo isto acaba por ocupar os tempos fora do trabalho e eliminar a sensação de desenquadramento. A vontade de viajar e de conhecer o país é também, no meu entender, um factor fundamental nesta primeira descoberta das novas fronteiras.
No entanto, à medida que o tempo passa e que a cidade começa a tornar-se mais confortável, deixam de existir descobertas constantes e passam a ser simplesmente rotinas, mais ou menos agradáveis, consoante o que se foi encontrando pelo caminho.
Talvez por isso, porque são tão facilmente fabricadas, não é nas rotinas que sinto as grandes diferenças, é no confronto com as pessoas, aliás, com a diferença de valores e de formas de estar. De maneira alguma pretendo dizer que os meus, ou os do meu país são melhores ou piores, mas serão sem dúvida diferentes, e não sinto que seja imediata a proximidade com os Húngaros. Sinto que, no contacto diário, as pessoas são afáveis e, se solicitadas, tentam ajudar, mas são também algo fechadas e tímidas. Por outro lado, num ambiente mais descontraído serão até ávidos de comunicação, por vezes muito fugaz e que nem sempre se consolida. Parece-me que este é, sem dúvida, um país de extremos, de muito frio e muito calor.
O que por outro lado se instalou rapidamente, foi a valorização do espaço exterior de uma forma bastante mais consciente. Porque o Inverno pesa e é longo, aproveitar um dia de sol, um bocado de relva, um passeio de bicicleta, a possibilidade de estar fora de casa, é algo que não deixo de fazer hoje em dia.
Posso dizer que, para mim, foi uma vontade e uma opção viver no estrangeiro. Não me surge a dúvida de querer continuar ou não a viver num país que não o primeiro em que vivi, no entanto, nesta altura começo a sentir falta do que me é familiar, que me define e me faz perceber as minhas fronteiras. E julgo que essa ausência prolongada não seja benéfica para as decisões a tomar neste período final do estágio, onde questões como continuar ou mudar se instalam.
Não sei se me apercebo, neste momento, de tudo o que trouxe, que levarei ou que me transformou. Mas sei que continuo a acreditar cada vez mais, que viajar nos enriquece, que o confronto com a diferença é benéfico, ainda que nem sempre agradável, e que estarei sem dúvida diferente. Não sei se nas vontades, mas na capacidade de aceitação, de dinamismo, de confronto com a solidão, com o desajuste, com a necessidade de me alterar, adaptar ao que me rodeia, e também com a decisão de rejeitar aquilo que não quero, de afastar mudanças e formas de estar com as quais não me identifico, nem pretendo abarcar.
Creio que a Aculturação se trata disto mesmo, do confronto de duas culturas, da forma como se absorve e se rejeita aspectos de ambas, e a identidade que surge como produto de tudo isto.
Talvez nada disto seja claro, nem sei se alguma vez o será. Mas se há algo que quero deixar da minha experiência até hoje é que: Vale a pena.
Gonçalo Rebelo de Andrade
Elan Pharmaceuticals
EUA
Ao terminar o meu doutoramento em Bioquímica na Alemanha debatia-me com o que gostaria de fazer, qual o rumo a tomar e como lá chegar. Já conhecia o programa Contacto, através de outros contacteantes e todos eles contavam maravilhas e como o programa lhes tinha mudado a maneira de ver o mundo e de certo modo a vida, pelo abrir de olhos para outras realidades. Como seriam estágios em empresas no estrangeiro e tinha chegado à conclusão que queria continuar o meu caminho na via empresarial, concorri ao Programa, mesmo sabendo que poderia ser altamente competitivo. Nem tão pouco para que cidade iria. Ao saber que seria para a cidade gémea da Lisboa das 7 Colinas, com os eléctricos da Powell e a sua imponente Golden Gate nem queria acreditar. Nesse mesmo dia à noite escrevi aos C12 que lá estavam e apercebi-me do papel de liderança que a Elan Pharmaceuticals tem no mundo das doenças neurodegenerativas. Ainda hoje devo ter os braços marcados de tanto me beliscar nesse fim de semana. O que não esperava, de todo, foi a diferença abismal de benefícios para os trabalhadores que a empresa oferece – desde transporte, passando por refeições e pequenos almoços, happy hour e, muito em breve, ginásio e restaurante. Apesar de ter havido já algumas mudanças estruturais na empresa e alguns projectos terem sido descontinuados por ter havido uma refocalização em áreas core, a experiência na Elan Pharmaceuticals está a ser uma mais valia, não só pelo skill set laboratorial que estou a desenvolver mas também pela intensa componente prática de vida empresarial com que me deparo no dia a dia e me permite melhorar as minhas soft skills, adaptação e flexibilidade, cumprindo metas ambiciosas. Do mesmo modo permite-me ter um contacto directo com a realidade de uma economia depressiva e quão determinante é o ambiente económico na rotina empresarial. O Programa Inov Contacto abriu-me as portas dos EUA e tem, não só permitido o aumento exponencial da minha rede de contactos, tanto neste mercado, como noutros, mas também a valorização pessoal, abrindo as portas para uma transição para o ambiente empresarial. Neste aspecto o Programa Inov Contacto tem sido surpreendente, excedendo as expectativas mais optimistas. Os relatos dos contacteantes, inclusive este, só pecam por defeito. É, realmente, uma experiencia inesquecível!
Após a fantástica prova do Planks e alguns meses de espera veio finalmente a resposta. Positiva!!! O que me deixou radiante e entusiasmado! Era A oportunidade para adicionar ao meu completo percurso académico uma experiência relevante numa empresa no estrangeiro, dentro da minha área científica! Tratei logo de investigar quais eram as empresas onde os C12 e C11 tinham estado, para ter uma ideia de quais seriam os meus potenciais destinos. Quando no final do campus, em Dezembro, me foi anunciado que viria para os EUA fiquei delirante e um pouco desconcertado com a empresa atribuída, pois não sabia nada sobre a Elan Pharmaceuticals.
Os primeiros contactos com a empresa foram muito cordiais e a minha futura supervisora muito prestável e profissional, até no envio do projecto que me esperava.
Sofia Barata Cardoso | C13
Efectivo Business – Consultoria e Investimento SA.,
Cabo Verde
Cabo Verde é considerado um mercado economicamente estável, resultado da gestão macroeconómica efectuada nos últimos anos. O elevado grau de Investimento Estrangeiro e as relações que são mantidas com o mercado Português, conduz a que sejamos o maior parceiro comercial de Cabo Verde. Aliás, segundo as estatísticas, Cabo Verde é o décimo oitavo mercado para a exportação portuguesa, em termos gerais, e o sétimo fora da Europa.
A visita do 1º Ministro, José Sócrates, à cidade da Praia, onde me encontro a estagiar, decorreu entre os dias 12 e 14 de Março e veio reforçar as oportunidades para futuros investimentos e cooperação entre os dois países. Com um leque de razões para novas oportunidades de Investimento – como a estabilidade económica e financeira já referida, a situação geográfica privilegiada e a quantidade de mão-de-obra disponível (com um nível de produtividade significativo) – Cabo Verde é considerado um mercado aliciante. Durante esta visita deslocaram-se à cidade da Praia vários representantes de grandes grupos empresariais Portugueses, tais como o grupo Portugal Telecom, Caixa Geral de Depósitos, Efacec, Sumol, entre outros. Apesar de já existir um elevado número de empresas Portuguesas neste mercado, a vontade de crescimento e de cooperação económica e empresarial é significativa. Exemplo disso é o caso da PT que está presente em Cabo Verde há 13 anos, através da participação efectiva de 40% do capital social da Cabo Verde Telecom (empresa operadora de telecomunicações públicas que presta serviço telefónico e móvel, nacional e internacional em Cabo Verde), que até agora já investiu um total de 140 milhões de euros, pretendendo ainda investir 50 milhões de dólares na construção de um cabo submarino de fibra óptica. O meu estágio decorre na Efectivo Business – Consultoria e Investimento SA., empresa que desenvolve projectos na área da consultoria e contabilidade. Presente em Cabo Verde desde 2006, possui um vasto conhecimento do mercado e do seu funcionamento, factor que me tem permitido alargar a minha experiência no mundo empresarial, numa realidade bastante diferente que de, outra maneira, não seria possível. Neste mercado, os sectores com maior índice de investimento e novas oportunidades são os da construção, transportes e comunicações. No entanto, o sector dos serviços financeiros e bancários tem vindo a apresentar maiores índices de crescimento, o que pode ser verificado pelo aumento dos activos líquidos do sistema bancário de Cabo Verde nos últimos anos. Tendo em conta todos estes factores, Cabo Verde é considerado um exemplo de sucesso e sinto-me privilegiada por assistir à celebração de novos acordos de cooperação entre Portugal e o País que me acolhe nesta edição do Inov Contacto!! Fontes: Jornal A Semana Jornal Expresso das Ilhas Banco de Cabo Verde Portal do Sistema Estatístico Nacional de Cabo Verde
Sónia Sousa | C13
Consulgal
Cidade da Praia | Cabo Verde
Há tempos, num concerto de um conhecido artista local dizia ele, entre músicas, que Cabo Verde era tão bom que nem a crise cá chegava.
O que pode soar como uma piada ou senso comum tem, na realidade, fundamento a nível económico.
O facto é que, apesar de o mundo inteiro viver tempos conturbados a nível económico, Cabo Verde tem contrariado esta tendência e encontra-se numa trajectória de crescimento.
A economia de Cabo Verde tem vindo a prosperar nos últimos anos, resultado de uma conjuntura externa favorável, de políticas económicas adequadas e do crescimento do investimento estrangeiro.
Não leva muito tempo a perceber que, apesar deste crescimento, ainda muita coisa falta ou falha no país.
O fenómeno da globalização trouxe consigo profundas mudanças económicas e sociais, levando a que se encarassem novos problemas e desafios.
Vivemos, indubitavelmente, numa economia baseada no conhecimento, com cada vez mais competitividade e com tendência para o regionalismo, ao invés da especialização sectorial.
Para uma região sobreviver e se desenvolver neste contexto, é necessário que as fraquezas e as ameaças sejam transformadas em oportunidades.
Assim, cada uma das lacunas que existem em Cabo Verde é passível de se tornar uma oportunidade de negócio para alguém com espírito empreendedor e capacidade de investimento.
A falta ocasional de luz (derivada da total dependência do exterior quanto a fontes de energia primária), a precariedade dos sistemas de distribuição de água e tratamento das águas residuais, a falta de infra-estruturas de transporte, ou mesmo, o fraco nível de Serviços Bancários (existindo cerca de 1 balcão para 8775 habitantes) indicam a necessidade de reforçar estes serviços no país.
Além destas, muitas mais situações podem ser referidas.
A nível da indústria, existem diversas oportunidades: desde o ramo das confecções e do calçado até aos produtos alimentares.
É fácil perceber esta necessidade quando são comuns as queixas de que para comprar alguma peça de roupa todos os caminhos vão dar ao Mercado de Rua do Sucupira, ou quando de repente se tem de mudar o menu do jantar por falta de ingredientes específicos.
O sector da construção, em franco desenvolvimento, também carece da produção interna dos materiais utilizados, tendo de recorrer a importações para tal (o que encarece o preço das habitações).
Também ao nível dos serviços se verificam vastíssimas oportunidades: actividades de apoio ao turismo e à indústria, zonas francas comerciais, transportes colectivos de passageiros, serviços de apoio às diferentes áreas de negócio e muito mais.
No entanto, uma das oportunidades que mais destaco relaciona-se com as energias renováveis. Tendo em conta o clima do país (com sol durante o ano inteiro e, em certas alturas, ventoso) e a urgência em arranjar soluções que colmatem as falhas energéticas, é de lastimar que não se aproveite, ainda, o potencial do país em termos de energias renováveis.
A taxa de crescimento nacional do consumo de energia é de cerca de 12%. Para fazer face ao consumo energético e garantir uma margem de segurança operacional, a capacidade instalada teria que aumentar a uma taxa de 20% ao ano.
A concessionária nacional não será, a curto prazo, capaz de responder com um plano de investimentos que cubra um aumento pronunciado do consumo. A concessionária detém o monopólio da distribuição de energia e água, mas a produção está aberta à concorrência.
Assim, seja através de energias renováveis ou de outras hipóteses alternativas, esta é uma questão premente no que diz respeito às necessidades de fornecimento.
A economia cabo-verdiana oferece cada vez mais e mais variadas oportunidades de negócios, em sectores cada vez mais diversos.
É importante também realçar que, além de existirem essas oportunidades, o próprio país tem condições favoráveis à sua materialização: regista um elevado crescimento demográfico, tem uma situação geográfica privilegiada, estabilidade política e social, liberdade económica e parcerias económicas importantes que levam ao acesso preferencial a alguns mercados e diversos incentivos ao IDE.
Esta conjuntura de oportunidades e incentivos tem levado a que cada vez mais países olhem para Cabo Verde como um Mercado promissor e a apostar: no presente e no futuro.
Cabo Verde é Sabi! Alguns de nós já o descobriram. E você? Está à espera de quê?
A economia cabo-verdiana tem progressivamente apresentado melhorias, associadas a conjunturas extremamente favoráveis, tanto externas como internas.
Com as economias desenvolvidas em crise, economias em desenvolvimento, como Cabo Verde, o interesse de investimento é acrescido. Não somente a conjuntura económica externa faz deste país um destino atractivo como internamente existe um conjunto de factores igualmente atraentes: demograficamente, a população é jovem, cerca de 60%, apresentando ainda um IDH – Índice de Desenvolvimento Humano – (elemento de riqueza humano) elevado, estando no 3º lugar do ranking africano; a sua localização geoestratégica, situada no Atlântico, entre a Europa, as Américas e África, permite um acesso privilegiado e facilitado a mercados externos; por último o contexto político e social (elemento de extrema relevância) é estável, possuindo políticas económicas adequadas – estabelecendo acordos de acesso preferencial a mercados externos (UE – Acordo de Cotonou; CEDEAO – Tratado da CEDEAO; EUA – Acordos SGP e AGOA, e Canadá Nova Iniciativa para África) e ainda políticas de incentivo ao investimento externo – isenções fiscais e aduaneiras, transferência em divisas para o exterior de dividendos e lucros, garantias geradoras de confiança e de segurança na economia.
Esta convergência criou diversas oportunidades de negócio, nomeadamente em sectores imperativos ao desenvolvimento como: a Energia, Águas, Infra-estruturas de Transportes, Turismo e Banca.
Numa visão geral:
- A Energia possui uma grande dependência face ao exterior, em energias primárias (i.e. o petróleo), no entanto existem já projectos para colmatar esta lacuna através do aumento dos parques eólicos, assim como na criação de plataformas de energia solar, com metas de produção de 25% e 2%, respectivamente, numa fase inicial;
- As Águas, igualmente deficitárias, pela fraca percentagem de pluviosidade, pelo défice de distribuição, funcionando ainda em sistema de fontanários públicos e por último pela drenagem e tratamento de águas residuais ser somente efectuado em dois centros urbanos, Mindelo (S. Vicente) e Praia (Santiago). É pretendido duplicar a produção de água dessanalizada, até 2010, procurando para tal parcerias público/privadas;
- O sector bancário, com pouca expressão até há cerca de 3 a 4 anos, desde 2006 que apresenta uma elevada liquidez, justificada pelo crescimento continuado do PIB, de acordos económicos criados, a abertura de novas empresas estrangeiras e nacionais, assim como ao aumento de utilização de produtos bancários da população;
- Especificamente no Turismo (área de formação), assiste-se a um aumento tanto ao nível do turismo de lazer;
Em 2007 Cabo Verde albergou cerca de 312.880 turistas (dos quais 45.692 internos) repartidos entre portugueses (19%), que procuram Cabo Verde no Verão, fim-de-ano e Páscoa; britânicos (14.9%) – uma recente origem – italianos (14.8%), que visitam o arquipélago ao longo de todo o ano; alemães (10%); franceses (7.6%), sobretudo no Outono/Inverno; espanhóis (2.8%), que apresentam tendência de crescimento significativa; holandeses e belgas (2.5%); americanos (1.6%); suíços (1%) e outros (25.8%), no entanto as infra-estruturas hoteleiras ainda se mostravam muito aquém da procura.
Como destino maioritariamente procurado para turismo de lazer é a Ilha do Sal que representa a maior percentagem de entradas de turistas por ilhas cerca de 61.4%, onde o valor abaixo mais significativo é representado pela Ilha de Santiago, muito justificado pela forte presença do turista de negócios e por a capital estar aí situada -19.4% (São Vicente: 7.8%; Boavista: 5%; Santo Antão: 2.4%; Fogo: 2.1%; Maio: 0.8%; São Nicolau: 0.6%; Brava: 0.5%).
Atende-se no entanto à reabilitação das estradas existentes, bem como a modernização e extensão da rede de estradas do país; sendo dado um especial enfoque à melhoria das acessibilidades rodoviárias em Santiago, Fogo, S. Antão, Brava e S. Nicolau de forma a potenciar o turismo rural nessas ilhas.
Relativamente às vias de transporte marítimo, estas são uma variável estruturante do turismo, permitindo a unificação da rede de ilhas do país no transporte de passageiros e carga, assim como aumentar o tempo de estada e a diversidade de destinos dos turistas. Deste modo, existem projectos para construções de portos em todas as ilhas (prioridade à ilha da Boavista, do Sal e do Maio devido às necessidades de transporte de carga e de passageiros, bem como o abastecimento dos estabelecimentos hoteleiros aí existentes).
Através destas medidas pretende-se uma diversificação do produto turístico, complementando o conhecido sol/praia, aproveitando a morfologia geográfica variada e o património histórico e arquitectónico, para a exploração do potencial do turismo de natureza, do turismo de circuitos (históricos e religiosos), turismo cultural e do turismo de negócios.
O objectivo é atingir 500 mil turistas até 2012 e 1 milhão até 2020, atraindo novos mercados, como os países nórdicos (Suécia, Dinamarca e Noruega) e Leste europeu (Polónia, República Checa e Rússia).
Nesta perspectiva, o Governo aposta no turismo residencial aproveitando as vantagens competitivas que Cabo Verde apresenta face a outras regiões estrangeiras, como o clima, a segurança, a acessibilidade dos preços dos lotes na costa e a hospitalidade natural. São exemplos de projectos neste segmento o Vila Verde Resort (Sal) e o Ponta da Bicuda (Santiago).
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