A cada vez mais pacata vila do Bombarral, em pleno oeste, recebeu o Grandioso encontro comemorativo dos 10 anos da 3.ª edição do Contacto.
Quase meia centena de jovens altamente qualificados, com experiência profissional internacional e muito boa disposição, tiveram a oportunidade de reviverem a grande experiência da realização do programa fora do seu país.
O jardim oriental da Quinta dos Loridos recebeu a comitiva que passeando por entre as imponentes obras de artem em pedra chinesa colocou a agenda em dia.
A casa da música preparou um jantar sem música mas agradável pela possibilidade do grupo estar exclusivamente reunido naquele espaço e que boa era a ginginha..
Por fim, o programa envolveu actividades no Estação de Seviço até ao encerramento.
Ficou a vontade de novamente numa vila, algures no país, se celebrar o 11 ANOS Contacto3. É este o espírito!
É Natal, época de festejos e convívio, solidariedade e evocação religiosa. Se a componente religiosa dos festejos é do foro pessoal, a solidariedade, o convívio e os festejos são uma tradição na comunidade Contacto.
Um pouco por todo o país e de um modo transversal a todas as edições, ocorrem os festejos natalícios Contacto, festas, saídas, jantares. Às novas gerações contacto, importa deixar a mensagem que não devem nunca deixar a oportunidade do reencontro e convívio.
Quero, hoje, apenas desejar uma época onde o espírito do Natal se faça sentir entre todos nesta comunidade e que a devida reflexão seja feita neste final de ano, para que o próximo venha com mais “Contacto”, energia, oportunidades e sobretudo alegria.
Feliz Natal.
Nuno Várzea
Alguns números relativos ao PROGRAMA CONTACTO
Número de edições: 13, desde 1997;
Número de candidaturas: 30.000:
Número de estágios realizados: 2.200;
Principais países receptores: EUA (327), Espanha (287), Brasil (213), Reúno
Unido (169), China (123), Alemanha (101), outros países (895);
Número de países receptores: 40;
Estagiários Convidados a ficar nas empresas: 50%;
Principais empresas: The World Bank, PT, Nokia, Siemens, Microsoft, Cimpor, Renova, Millennium bcp, Grupo Pestana, Kraft, Efacec, ESA, Alcatel, HP, Parque Científico de Madrid, Logoplaste, Caixa Geral de Depósitos, Mercedes Benz, Nissan, Pfizer, Cisco Systems;
Investimento: 13 M€ /ano.
Fonte: PortugalNews 2009.
Na sequência da vontade demonstrada por muitos na manutenção do endereço user@networkcontacto.com e das diversas sugestões enviadas para manter os endereços, foi possível em conjunto com o Tiago Azevedo Fernandes, C1, encontrar uma solução que o próprio se disponibilizou para operacionalizar, através da transferência do DNS para um servidor sem custos, transferência dos endereços de e-mail para o novo servidor onde se pode fazer o reencaminhamento para a conta de e-mail de cada um dos utilizadores, ou ficarem alojadas nesse mesmo servidor.
Assim, os endereços de e-mail vão-se manter, embora deixem de ser da responsabilidade técnica da aicep.
Esta solução assegura que o endereço user@networkcontacto.com se mantenha, indo ao encontro do vosso interesse, conforme nos foi referido por muitos contacteantes.
Neste momento estamos a proceder à operacionalização desta transferência, pelo que queremos reiterar o pedido de procederem à limpeza das mailboxes actuais, para evitar perda de dados, ao longo deste processo!
A todos os que enviaram sugestões relativas aos endereços de e-mail o nosso agradecimento.
Ao Tiago um agradecimento especial pela disponibilidade.
Curiosidade: o Tiago foi responsável pelo módulo de informática de uma das primeiras edições do Programa Contacto e, actualmente, faz a gestão de várias dezenas de domínios, umas por razões profissionais, outras em regime de voluntariado.
A Baixa do Porto – http://porto.taf.net
Rede Norte - http://redenorte.eu
Qualquer questão devem contactar:
É com pesar que se publica a informação do término das contas de e-mail networkcontacto. O Programa INOV Contacto, tem realizado esforços no sentido de manter as caixas de e-mail networkcontacto mas a continuidade deste serviço não será possível.
Em 1997 - início do Programa – Era realmente inovador proporcionar contas de e-mail a jovens profissionais, porém, hoje a realidade é diferente. A facilidade de abertura e garantia de qualidade da generalidade das contas de e-mail disponíveis no mercado é enorme e é na maioria dos casos gratuita.
A razão do fornecimento deste serviço aos Estagiários e Contacteantes foi sofrendo ao longo dos anos uma evolução no sentido ser um elemento agregador de uma comunidade. Sempre foi um elemento agregador bastante caro. Ultimamente, foi realizado um investimento muito significativo na nova plataforma networkcontacto, que ao nível financeiro quer ao nível de conteúdos e funcionalidades. A razão deste investimento, cobriu por completo os objectivos das contas contacto. Nas últimas edições do Programa já não foram abertas novas contas.
Uma drástica avaria num dos servidores ao serviço das contas de e-mail networkcontacto, vei
No final do prazo, dia 18 de Novembro, é encerrado definitivamente o endereço networkcontacto!
Apesar deste revés, a Comunidade Contacteante não pode deixar de estar em contacto, devem todos actualizar a sua informação de contacto na nova plataforma ou contactar directamente o programa através do e-mail networkcontacto@portugalglobal.pt .
No
No passado dia 11 de Setembro realizou-se mais uma sessão de encerramento da 2ª edição 2008/2009 do programa Inov Contacto, passando, deste modo, mais 378 contacteantes a interagir com a Network Contacto.
As Sessões de Abertura e Encerramento foram feitas pelo Administrador da aicep Portugal Global, Engº José Vital Morgado e Coordenadora do Programa Drª Maria João Bobone.
Oito grupos de estagiários partilharam as suas experiências internacionais, designadamente os estagiários das empresas Grupo Pestana e Grupo Dão Sul e dos mercados da Argélia, Holanda, México e Timor.
O Dr. Nuno Várzea apresentou os resultados desta edição e comparativo com as edições anteriores
No final da sessão de trabalho foram distribuídos os certificados de frequência “Contacto”.
As instalações para a realização desta acção foram gentilmente cedidas pelo Instituto Português da Juventude, tendo também estado presentes no início da sessão, a dar as Boas Vindas, a Presidente deste Instituto, Drª Helena Alves e o Director Regional do Centro, Dr. Miguel Nascimento.
O Programa Contacto é muito mais do que um estágio profissional, é uma experiência. Uma oportunidade única de apender, de descobrir e de renascer a nível profissional, mas também pessoal.
Como contacteantes temos de deixar para trás o coro de vozes cínicas que assombram o quotidiano da nossa sociedade e abafá-las com a nossa experiência, limitada, mas rica em diversidade e horizontes abertos. Com as nossas novas explicações e com o choque que podemos e devemos proporcionar em relação ao passado.
Foi-nos dada uma oportunidade única, algo com que só alguns poderão sonhar. Existe um mundo de oportunidades à nossa frente, prontas a saciar os sonhos que inundam o nosso imaginário. Temos a oportunidade para ajudar a curar uma nação, a nossa nação, preparando-a para o encontro com o seu destino neste novo mundo. O nosso destino neste novo mundo.
Num mundo cada vez menos local e cada vez mais global, o futuro do país está entregue à nossa geração, à nossa disposição em encarar o desconhecido e às nossas novas explicações de como as coisas funcionam. O mundo é cada vez mais desafiante e perigoso para economias estagnadas, que não estejam habitadas por pessoas dispostas a correr riscos e a colocarem-se no mercado sem receio daquilo que possa vir a acontecer. Existe uma nova era de descobrimentos a que temos estado alheios devido à nossa inoperância em tomar decisões difíceis e em preparar a nação para o futuro.
Acima de tudo, como contacteantes, devemos ter perguntas a fazer ao mundo, perguntas que não terão resposta vegetando num pequeno canto da terra durante uma vida. Devemos sonhar com o que parece inatingível, procurar conhecer pessoas interessantes, realidades diferentes e entrar em conflito com os nossos dogmas gastos e que têm sofocado o nosso povo. E, no final, apercebermo-nos do nosso papel no nosso futuro, mas não só...no futuro do nosso país.
O nosso desenvolvimento pessoal, contribuirá para o desenvolvimento da nosso país. Os conhecimentos, as experiências e as novas mentalidades adquiridas durante este período no estrangeiro, em que estamos expostos a novas realidades, servirão de alicerces e base à construção social e económica que vamos erguer como geração de mudança. Temos a responsabilidade de absorver toda a circunstância que nos envolve e trazer o que melhor servirá as necessidades deste desafio global que Portugal enfrenta.
Como herdeiros de um país de exploradores e de conquistadores, pioneiros que lutaram contra nuvens sombrias e tempestades sem misericórdia, temos a obrigação de reconquistar o nosso orgulho nacional e o espírito empreendedor que motivou cada conquista e cada tormenta ultrapassada. Há que atirar fora os nossos medos, velejar para longe do nosso porto seguro e apanhar os ventos que já encheram as velas dos nossos antepassados. Explorar, sonhar e descobrir este novo mundo cheio de oportunidades, mas com muitos mais desafios a terem que ser ultrapassados. Quem melhor para ser fiel ao legado que nos foi deixado por este país tão rico, do que esta geração? Podemos ser a geração da mudança, temos tudo para o ser, só precisamos de tomar o nosso lugar.
No passado dia 20 de Março decorreu a Sessão de Encerramento da 12ª edição do programa de estágios INOV Contacto na Associação Comercial de Lisboa.
Após uma retrospectiva das edições anteriores e apresentação dos respectivos resultados, fez-se um balanço desta edição e houve lugar a uma partilha de experiências profissionais e pessoais nos mercados exteriores.
Esta ocasião marca também o momento da entrada oficial destes participantes na rede networkcontacto, cada vez mais um meio privilegiado para o intercâmbio de informação e conhecimento.
MM
Ana Rainito, António Veloso, Mariana Simões, Rui Cabrita e Rui Ferreira, sob os focos do programa Comunidades EUA.
Vê aqui as entrevistas:
(na primeira parte, para os mais apressados, as entrevistas começam aos oito minutos)
Eva Vasconcelos
Logoplaste | República Checa | Praga | C11
Quando concorremos ao Inov Contacto assumimos um risco. Estamos dispostos a assumi-lo porque esperamos obter um retorno no futuro. Estabelecendo um paralelo entre o que acontece nos mercados financeiros e o Programa Contacto, podemos encarar este estágio como um investimento pessoal e profissional. Aplicamos os nossos recursos na forma de tempo, conhecimento, experiência, capacidade de aprendizagem, etc., na expectativa de eles gerarem rendimentos no médio/longo prazo. Procuramos reforçar competências, alargar conhecimentos, adquirir experiência de trabalho, desenvolvimento e valorização pessoal e esperamos que o mercado de trabalho valorize no futuro estes activos adquiridos ao longo do estágio. Por outras palavras, esperamos ver aumentado o nosso “valor de mercado”. Obviamente há custos associados à decisão de investimento e se nos mercados financeiros eles podem ser medidos por elementos tangíveis, no caso do INOV Contacto, eles serão expressos em custos de oportunidade - decidimos investir neste projecto os recursos que dispomos mas estamos simultaneamente a abdicar de aplicações alternativas desses recursos.
O facto de mudarmos de país e aceitarmos uma vida nova tem um impacto grande sobre a nossa experiência de vida. Aprendemos a lidar com novas situações, realidades distintas, deparamo-nos com dificuldades e barreiras, culturas e estilos de vida diferentes, conhecemos pessoas, novas formas de trabalho em diferentes contextos económicos e empresariais. O risco associado a este projecto, na perspectiva de quem beneficia dele, está relacionado com todos estes factores e com o sucesso que poderemos ou não obter. O retorno esperado será em função do risco e da dedicação que aplicarmos no projecto.
Qualquer decisão de investimento exige uma análise cuidada, traçamos objectivos, identificamos as variáveis envolvidas, criamos vários cenários e procuramos prever resultados. No final, cruzamos a informação e decidimos se aquele investimento compensa ou não os recursos que vamos pôr à disposição quando iniciarmos o estágio. Há alguma incerteza nesta decisão tendo em conta que não controlamos uma parte das variáveis, não controlamos a escolha das empresas nem do país, por exemplo. Mas há uma outra variável que controlamos e que poderá ser vista como uma variável chave – a predisposição para aprender e trabalhar fazendo deste um projecto que nos valorize. No meu caso particular, quando decidi concorrer, dediquei uma parte do meu tempo a analisar todas as vantagens, riscos e desvantagens de uma decisão deste tipo. Ponderei e decidi assumir o risco. Passadas as fases de selecção e a semana de formação, a noticia...Logoplaste, Republica Checa. Uma empresa em crescimento, com um conceito de negócio interessante e uma estrutura sólida, um país a desenvolver-se, um estágio por fazer e estavam reunidas as condições para que tudo corresse da melhor forma. A Logoplaste - Consultores Técnicos S.A., foi fundada em 1976 em Portugal e é, hoje em dia, apontada com frequência como um caso de sucesso. Líder no mercado português e terceira a nível europeu na produção de embalagens em plástico rígido, a Logoplaste destaca-se pelo modelo de negócio inovador que a sustenta. Denominado “hole in the wall” (www.logoplaste.com) consiste na instalação da fábrica junto do cliente, formando uma unidade integrada e assegurando uma das fases do processo produtivo. A Logoplaste, tem apostado fortemente na internacionalização e na exploração de novos mercados sendo hoje uma multinacional, com presença em 8 países e um total de 42 unidades produtivas. A minha experiência na Logoplaste tem-se revelado enriquecedora e nesse sentido posso afirmar, agora que me encontro na fase final do estágio, que o risco que assumi há uns meses atrás acabou por ter um retorno visível. Ganhei em conhecimento e em experiência pessoal e profissional, tendo-me sido ainda dada a oportunidade de terminar os dois últimos meses do estágio na Holanda, numa outra fábrica da empresa. A Logoplaste proporcionou-me o contacto com duas realidades distintas: trabalhar num escritório e numa fábrica, dois países com culturas e pessoas diferentes numa área em que tenho grande interesse. Hoje, considero que o risco associado a este projecto/investimento acabou, no meu caso, por se transformar em novas oportunidades.
Tiago Bandeira - Critical Software, Southampton - U.K.
"I do not wish my house to be walled on all sides and my windows stuffed. I want the cultures of all lands to be blown about my house as freely as possible. "
Mahatma Gandhi
Assim que recebi o e-mail do AICEP notificando-me que chegou a minha vez de escrever um artigo para a Visão Contacto, imediatamente decidi que escreveria algo pessoal, algo que me ajudasse a “arrumar” as ideias sobre esta experiência e que fugisse ao “copy, paste” de sites empresariais.
Textos como este, penso que se poderão encontrar em qualquer um dos vários blogs dos contactos espalhados pelo mundo e as ideias aqui transpostas poderiam vir de qualquer contacteante, expatriado ou viajante. No entanto, são conceitos, que raramente são divulgados ou escritos em revistas como esta e que considero serem de importante relevância para percebermos a grande mais-valia de projectos como o InovContacto.
“Considero a experiência do InovContacto extremamente positiva quer a nível profissional quer nível pessoal”.
Por várias vezes já disse, e já ouvi dizer estas palavras. Penso que a nível profissional todos sabemos o reconhecimento que este programa tem na esfera nacional, e o grande valor acrescentado que significa para o nosso Currículo Vitae.
E a nível pessoal? Que mudanças concretas se deram em nós para podermos utilizar tal frase?
Todos nós possuímos vícios no pensamento, barreiras mentais que foram erguidas por nos encontrarmos limitados por um contexto, uma sociedade e uma cultura. Estas barreiras limitam a nossa visão do mundo, a nossa liberdade e aumentam nossa distância da Verdade. Como se víssemos a realidade através de lentes que a distorcem e sendo o nosso objectivo eliminar essas distorções.
O InovContacto, a nível pessoal, ajudou-me a quebrar essas barreiras.
Graças a esta experiência, quando penso no que farei quando o estágio acabar, já não limito minhas escolhas entre Porto e Lisboa. Países como Estados Unidos, China, Angola, Austrália constituem agora opções reais.
Não quero com isto dizer que passei a encarar Portugal como um país com más condições de trabalho ou de qualidade de vida, antes pelo contrário, continua a ser uma forte possibilidade para o meu futuro.
As minhas escolhas, essas, já não são influenciadas por fronteiras, aversão à mudança ou medo do desconhecido (características tipicamente portuguesas), mas sim aconselhadas por um sentimento de liberdade.
O progresso dos transportes permitiu-nos eliminar fronteiras geográficas, tratados eliminam barreiras soberanas, mas o é contacto com diferentes culturas que nos permite eliminar as nossas “fronteiras mentais”. Apercebemo-nos que diferenças culturais não nos afastam uns dos outros, unem-nos. Constituem o tema perfeito para longas e tardias conversas que normalmente acabam em risos, e em exclamações “A sério?! No vosso país é mesmo assim?!”, servindo apenas para nos aproximar e facilitando o processo de conhecer novas pessoas.
"Hoje entendo bem meu pai. Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livro ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar do calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio tecto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece, para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como imaginamos e não simplesmente como ele é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver".
Após a divulgação empresa ArtLusa, nesta rubrica empreendedores contacteantes, na segunda edição da VisãoContacto, ocorre agora noticiar que Ana Roque (C3) da ArtLusa e Cristina Maia (C2) da Saboaria Confiança, estabeleceram uma parceria. Pretendem aproveitar as sinergias existentes, visando a inovação e consequente criação de valor acrescentado para o consumidor do seu novo produto - A Colecção Portugal.
Nos dias 7 e 9 de Fevereiro, decorreram em Lisboa e no Porto, os dois eventos de lançamento da “Colecção Portugal”, resultado da parceria entre a Saboaria Confiança e a Artlusa. Convidados, clientes, amigos e simples curiosos apreciaram em primeira mão, na Alma Lusa em Lisboa e no Espaço João Faria – CCB no Porto, a colecção composta por quatro sabonetes que combinam a qualidade e inesquecíveis aromas dos Sabonetes da Confiança e o design contemporâneo da Artlusa patente nas embalagens.
A ideia dos lançamentos era que cada convidado se familiarizasse com este casamento entre o antigo e o novo e pudesse apreciar, através dos vários sentidos, as subtilezas de cada sabonete. Filigrana, Bordado de Viana, Galo e Fado, foram trabalhados a uma cor recorrendo à aplicação de vernizes, altos-relevos e picote, exigindo um olhar atento e pedindo o manusear do objecto.
As fragrâncias, pensadas em função de cada tema e cor escolhida variam em cada sabonete. O cheiro mais floral da filigrana e o suave chá branco do Viana contrastam com o aroma mais forte da Alfazema do Galo e o mais masculino do musk escolhido para o Fado.
A reacção das pessoas foi a melhor. Conhecedoras da marca Confiança e das suas linhas mais clássicas, foi consensual que esta nova gama de produtos constitui uma colecção contemporânea, que complementa de forma harmoniosa os produtos já existentes.
A distribuição da Colecção Portugal pelos pontos de venda da Confiança e da Artlusa já está a decorrer, acompanhada de cartazes e folhetos de apoio à sua promoção, esperando com isso que o cliente final, para além de sentir os sabonetes, compreenda a sua origem e se interesse por este projecto nascido de duas empresas, o que por si só constitui um facto curioso e pouco usual a nível do tecido empresarial português.
Publicações como o Jornal Metro, Jornal de Notícias, a Revista Pública, a Cara Decorações e o Diário do Minho reservaram um espaço para a apresentação da colecção.
Desde que no final do curso de Economia tive a possibilidade de passar um semestre nos EUA, mais concretamente em Phoenix no remoto estado do Arizona que tive a certeza que queria conhecer mundo, que queria desenvolver mais competências inter culturais, que queria perceber as diferenças sociais e culturais de pessoas que viviam em diferentes fusos horários, que queria ser cidadão do mundo.
Depois de muita procura e esforço, consegui que os 6 meses de Erasmus se transformassem em mais 2 anos de vivência americana, onde num ambiente académico de excelência vivi experiências únicas e marcantes que indelevelmente me foram moldando o carácter. O inevitável regresso a Portugal deu-se pela mão de uma multinacional norte americana, onde foram passados os primeiros dois anos de uma vida profissional (que pelo que vemos e lemos hoje, temo que se tenha que prolongar até aos 85 anos, mas este é outro assunto).
Ainda assim estava com vontade de trabalhar num país estrangeiro, viver as dificuldades do dia a dia noutra língua, aprender o que de bom esse ambiente nos tinha para dar. Desde os últimos anos da minha vida académica que olhava para o Programa Contacto como uma oportunidade única de formação, como uma daquelas medidas que todos nos orgulhávamos que existisse em Portugal. Decidi que estava na hora de tentar a aventura de trabalhar fora de Portugal, e em boa hora me inscrevi no Programa.
O destino, não sendo de todo exótico, ou longínquo, foi o de um povo irmão com várias semelhanças culturais e sociais, mas ainda assim bastante diferente dos portugueses. Ia passar pelo menos um ano da minha vida aqui ao lado, em Madrid. Devo dizer-vos que fiquei contente com este destino pois o que eu procurava não era o cosmopolitismo de Londres ou de Nova York, ou o exotismo de Maputo ou Havana, mas sim uma experiência de vida e essa seguramente que Madrid ma iria proporcionar.
É exactamente isto que eu acho que Contacto é, uma experiência única, um privilégio no qual os principais intervenientes somos nós os “contacteantes” e não as empresas ou os países em que somos colocados.
Cada vez mais me dou conta que tanto os cursos que tiramos, como programas em que participamos são somente ferramentas, degraus, que nos dão a possibilidade de ascender a algo. Tenho hoje mais que nunca a certeza que essa ascensão, somos nós, com a nossa forma de estar, perseverança, e atitude que a vamos fazer. Em qualquer situação existem riscos e oportunidades, certezas e incertezas, sucessos e insucessos e somos nós os que devemos encarar estas situações da forma mais positiva e delas retirar os melhores ensinamentos. Os insucessos tornam-nos mais fortes, os sucessos cimentam uma personalidade, um caminho uma vontade de fazer.
O networking que o contacto nos proporciona é de um valor único, intangível para a nossa vida profissional. Vejam o meu caso, passaram cerca de 3 anos sobre a minha estadia em Madrid, e o que hoje faço está intimamente ligado com essa época. Quando numa Alimentaria em Barcelona, troquei cartões com uns directores de uma empresa espanhola, estava longe de imaginar que o meu futuro (ou pelo menos uma parte dele) iria passar por trabalhar com eles. Dois anos mais tarde recebo um e-mail, que levou a uma reunião onde me foi explicado um projecto de entrada de uma marca em Portugal, e onde fui convidado a integrar o mesmo.
É destas experiências enriquecedoras que se fazem as mais valias que o Contacto nos proporciona e para as quais nós como actores principais devemos estar sempre predispostos para fazer deste grande programa uma época de crescimento nas nossas vidas.
(*) Pedro Carmo (C7) - GDS Portugal
Ana Raquel Cunha - Soporcel - Madrid, Espanha.
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Encontro-me precisamente na última semana do estágio. Entre muito trabalho, nostalgia, festas de despedida e lágrimas, aproveito uma pausa e aqui faço um balanço destes últimos nove meses em terras de “orgullo ibérico”, reflectindo sobre as tão faladas diferenças existentes nos dois lados da fronteira.
Sendo assim, do lado castelhano, encontrei uma cidade:
· Dinâmica, cosmopolita, aberta a novas culturas, que este ano foi palco do Festival Europeu do Orgulho Gay e onde muito dificilmente alguém se sente estrangeiro ou desintegrado. “El mundo vive hoy en Madrid”, um território onde diversidade é sinónimo de fertilidade e que, ao contrário do que eu esperaria do dogma do espanhol austero e elitista, fez-me sentir em casa desde o primeiro minuto.
· Optimista, com um profundo sentimento comum de “orgulho ibérico” (muito embora pesem os problemas nacionalistas), que se faz notar desde o cantor do metro que diariamente ainda repete o “y viva la españa” até à cozinha de um pequeno escritório como o meu, onde se pode ver a fotografia que abre este texto simpaticamente exposta na máquina de café.
· De callejeros, amigos, boas conversas e serões, de terrazas, tapas, cañas e tinto de verano e onde se toma sempre “la penúltima”; de ruído, pessoas extrovertidas que não falam, gritam, e onde o uso de palavrões convive harmoniosamente com toda a euforia que paira no ar.
· Que não me presenteou com horas de sono, nem me brindou com horas de tédio, e que a nível cultural oferece mais do que o tempo que deixa em branco; que me habituou a fazer os carregamentos do telemóvel fora de horas, numa das inúmeras lojas chinesas espalhadas pela cidade e onde em 20 metros quadrados se vende desde pão a vinhos Rioja, passando por todo o tipo de artigos passíveis de enumeração.
· Onde é proibido usar frases de empate como o “por favor” ou o “será possível” e onde o telefone é atendido, não com um “Estou sim...” , mas antes com um curto e directo “Digame...”
· Que me ensinou a ser prática e desenrascada com a famosa teoria das lentejas: “ó las comes, ó las dejas”; e a não ficar indignada com respostas tão típicas como “lo comes con patatas”, quando procuro a solução para um problema.
· Que me fez suspirar pelo mar e pelo pão que não fosse em forma de baguete; onde temi a ETA e grupos extremistas que diariamente se manifestam.
E um escritório:
· Que muito embora pertença a um grupo empresarial português, acolheu pela primeira vez uma estagiária do país vizinho.
· Que não me poupou a uma primeira semana de praxe na famosa Feira Aula de Madrid, e que, mesmo sabendo que era recém-licenciada e que não dominava perfeitamente o idioma, não hesitou em atribuir-me, na segunda semana, uma carteira de contactos para gerir diariamente como coordenadora de marketing do escritório.
·
Nesse momento achei um pouco exagerada a tónica dada nas origens. Hoje consigo perceber o peso que estas adquirem na convivência e trabalho com cada um dos membros. Ainda neste ponto, ressalto o facto de o jantar de Natal de este ano estar reservado num restaurante Peruano, após doze anos de fidelidade a um Vasco.
· Onde há hierarquias de trabalho, não de comunicação; onde o uso de títulos académicos e tratamento na terceira pessoa é anedótico e chega mesmo a ser inadequado.
· Onde os 50 e-mails diários enviados pelo GM começam todos por “Familia,...” e terminam em “SOMOS LOS MEJORES!!! SIEMPRE LOS 1º...!!!!!! VAMOS A POR ELLO, VAMOS A POR ELLO, VAMOS A POR ELLO!!!!!”
· De comerciais que viajam mensalmente a Portugal e ainda assim conseguem surpreender-me com expressões tal como “vou ter com as bigotas...” e com os “extremamente educados e tristes dos portugueses...”.
· Onde a resposta a um pedido de informação a nível interno pode ser tão simples e normal como “npi” ( ni puto idea )!
· Onde “menos es más” e por isso consegue ter dos melhores resultados do grupo e ao mesmo tempo praticar a jornada intensiva de Verão (substituição do horário de trabalho tradicional pelo das 8.00/14.00) e que lamenta o facto de a direcção portuguesa não permitir também a tão típica jornada intensiva das sextas feiras, durante todo o ano.
· Que não dispensa o seu “paella lunch” em dias de sales conference, nem a oportunidade de se reunir em almoços até às 7 da tarde quando é necessário discutir algum tema “em familia”, e onde os melhores negócios muitas vezes surgem aliados a um Gin Tónico.
De uma forma geral, e em jeito de conclusão, resta-me dizer que estes nove meses foram uma verdadeira experiência de vida, onde aprendi o sentido pragmático da expressão “carpe diem”, vivendo a um ritmo alucinante, trabalhando sem complexos nem entraves à comunicação, acção e imaginação e divertindo-me em exagero. Gostei principalmente de integrar o “orgulho ibérico” e de com ele aprender que, tal como os espanhóis, devemos fazer mais por nós. Anseio, por isso, o dia em que verei o orgulho de ser português, não na máquina de café de um escritório, mas transparecido em cada olhar, palavra ou atitude de cada um dos nossos 11 milhões.
Marta Rodrigues
Fundação Aga Khan
Pemba, Moçambique.
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Acabada de regressar a Portugal, sentei-me à secretária, de lápis em punho, decidida a escrever em 600 palavras um artigo sobre a minha experiência enquanto “contacteante”. Comecei por pensar no que seria relevante partilhar com os leitores, revi mentalmente as regras de escrita jornalística e assumi-me incapaz de responder às perguntas do LEAD, ser objectiva e elaborar um texto de forma coerente.
Talvez porque acabei de chegar e ainda me sinto como se estivesse num “limbo”, de corpo em Portugal mas com o coração e a mente algures na savana africana.
"Quem?": Uma jovem portuguesa de 26 anos.
"Quando?": De Fevereiro a Novembro de 2007.
“Onde?”: Pemba, Província de Cabo Delgado, no Norte de Moçambique.
“O quê?”: Um estágio num Programa de Desenvolvimento Rural da Fundação Aga Khan ou a experiência de uma vida.
Integrei um projecto cujo objectivo é fortalecer as iniciativas de pequenos empreendedores e estive envolvida na mobilização comunitária e capacitação de grupos de artesãos, ao nível da sua organização interna e capacidade de gestão, do desenvolvimento de produto, e do estabelecimento de links de mercado, visando a geração de rendimento e a consequente melhoria das suas condições de vida.
“Como foi?” O meu contacto foi…
Foi sentir o pulsar da Mãe Natureza… absorver com a alma mais do que os olhos podem alcançar... e o que as palavras jamais poderão descrever!
Foi ter o privilégio de viver numa das mais belas praias do mundo, banhar-me nas águas quentes do Índico, adormecer ao som das ondas e acordar ouvindo os pescadores regressar do mar!
Foi entregar-me aos ritmos, deslumbrar-me com as cores e extasiar-me com os odores do velho continente africano… apreender sensações… aprender com elas… descobrir-me nelas…
Foi aprender a esperar!
Mas também foi…
Adaptar-me aos constrangimentos de um país de uma democracia ainda frágil onde os efeitos da(s) guerras(s) se fazem sentir em cada olhar, em cada passo… em cada mão estendida, em cada polícia que nos pede “refresco”, em cada criança a quem a infância foi roubada, ou a quem nem sequer foi permitido ser criança…
Foi passar horas sem energia eléctrica, dias sem acesso à Internet, semanas sem iogurtes ou gás…
Foi percorrer km em 4x4… horas desconfortáveis de viagem para trabalhar nas aldeias mais remotas da Província de Cabo Delgado, a mais pobre do país. Chegar com a certeza de que os ossos saíram do sítio, entregar-me ao cansaço e dormir profundamente tendo o céu como tecto, espantando os receios das cobras, dos leões e dos elefantes…
Foi conviver com o medo da malária e fazer do repelente de insectos um acessório inseparável, ao lado do canivete suíço, dos toalhetes húmidos e da máquina fotográfica, elementos essenciais do meu kit de viagem!
Foi questionar… questionar-me! Pôr em causa o impacto do meu trabalho, ficar feliz com pequenas conquistas, perceber que os resultados só são visíveis no longo prazo e gerir as frustrações e dilemas inerentes a quem trabalha em Desenvolvimento: Valerá a pena? Estou a fazer a diferença? Mas que diferença?!
Foi aprender que saber esperar (sem desesperar) é uma virtude! Sorrir e encolher os ombros perante o já esperado “há-de vir”! Ajustar-me a um conceito de tempo baseado numa cultura de curto prazo, mas também incorporar noções diferentes de espaço e até de estética (em que outra parte do mundo um régulo – chefe da aldeia – me pediria em casamento, convicto de que as minhas ancas fazem magia?!)!
Foi perceber que os melhores sistemas e os mais elaborados planos de trabalho às vezes simplesmente não funcionam!
Foi trabalhar e viver em comunidades rurais, muçulmanas, poligâmicas e ter que superar a barreira de ser mulher, de ser solteira, de ser branca! Adaptar-me ao calendário muçulmano e respeitar o Ramadão. Inteirar-me sobre os mitos animistas, perceber as tradições, respeitar as crenças…
Foi inovar formas de comunicação, rascunhando na areia, adaptando o vocabulário, brincando com o sotaque… Atentar nos rostos buscando expressões que confirmem a recepção das mensagens…
Descobrir que “xiiiiiiiii” é não e que “eh” é sim e concluir que afinal, onde quer que estejamos, um sorriso vale mais que mil palavras!
A validação e avaliação do "software" utilizado nas missões da Agência Espacial Europeia (ESA), é feita por dois portugueses, Ricardo Marvão e Nuno Sebastião, ambos estagiários do Programa Contacto - edições 6 e 7 respectivamente - que em 2004, criaram a Oristeba com cinco mil euros de investimento inicial.
A Oristeba, sedeada no centro de operações da ESA (ESOC), em Darmstadt, Alemanha, a empresa actua quer ao nível das infra-estruturas (desde estações de terra a missões no espaço), como também no segmento dos simuladores e sistemas de controlo das missões de observação da Terra ou nas missões ciêntíficas.
Ricardo Marvão realizou o seu estágio na ESA e é com ele que vamos conhecer um pouco mais a Oristeba.
VC - Como nasceu a ideia de criar a Oristeba?
ORTB - Simples. Dois portugueses sentaram-se à mesa para comer um bacalhau assado. Começam a conversar: "Olha, o teu chefe acaba de me dizer que quer que fiques aqui na ESA. A sério? Excelente! Acho que temos que conversar. Tenho uma ideia mas comporta um sério risco. Parece-me que hoje e' um bom dia para arriscar." E o resto é Historia.
VC - Que razões estratégicas, abordagens, motivações o levaram a constituir a empresa?
ORTB - Ser um nicho de Mercado, o risco, o querer saber se éramos capazes, o estar numa posição privilegiada como empresa portuguesa num Organismo onde Portugal tinha acabado de entrar. No final: Adrenalina, pura adrenalina.
VC - Quais são os objectivos da Oristeba, qual a sua área de actividade, principais clientes?
ORTB - A curto prazo, diria que crescer no domínio dos Serviços de Verificação e Validação de Software em Sistemas para o sector Aeroespacial e Aeronáutico, e continuar a crescer no domínio da ESA e da EUMETSAT.
VC - Quanto tempo levou da idealização ao arranque da empresa?
ORTB - 6 Meses de muito trabalho, muitas noites sem dormir, muita vontade de conseguir.
VC - Como avaliou as oportunidades em termos dos factores críticos de sucesso? Da competição? E do Mercado?
ORTB - Fizemos uma enorme analise do Mercado e sabíamos que sem um primeiro grande contrato que não conseguiríamos sequer dizer ao Mundo que existíamos. Analisamos que apoios que conseguiríamos e atacamos as propostas de contrato que melhor sabíamos fazer. No final conseguimos um contrato de 5 anos com a ESA onde a nossa proposta foi a melhor classificada pela Agencia Espacial Europeia no meio de 12 propostas apresentadas. E onde apenas as duas primeiras foram aceites.
VC - Que dificuldades em entrar no Mercado?
ORTB - As dificuldades foram enormes, demoramos quase ano e meio a conseguir o nosso primeiro grande contrato. E' um Mercado muito fechado onde apenas entram alguns players e só de vez em quando a porta se abre para novas empresas. Devo admitir que não é só trabalho, trabalho, trabalho, há que ter também uma estrelinha da sorte que por acaso nos tocou na altura certa e no momento mais oportuno.
VC - Que características acha que os empreendedores devem ter?
ORTB - Visão, mente aberta, nunca desistir, tentar o impossível e ver que afinal as vezes sempre é possível, e é algo de extremamente satisfatório. E sobretudo ter uma experiência internacional.
VC - Pretende manter a actividade? Expandir?
ORTB - A expansão é um dado mais que certo. E' algo que acompanha a Oristeba desde a sua fundação. Não digo que seja algo fácil, mas como me diz sempre o meu pai "Se não fosse difícil depois não tinha piada nenhuma".
E desde já lanço aqui um convite a todos aqueles que se sintam atraídos por este Mercado que é o Espaço e que queiram participar nesta aventura, que nos enviem um e-mail ou nos contactem pois estamos sempre à procura de novas pessoas.
VC - Quais as 3 lições mais importantes que aprendeu enquanto empreendedor?
ORTB - Que o risco tem de estar sempre presente nas nossas mentes para bem avaliar as situações.
Que o stress mata e deturpa a visão clara da mente. É que existe sempre uma solução. Já o meu avo dizia que " a única coisa que não tem solução é a morte de Homem".
VC - Como teve conhecimento da existência do Programa Contacto?
ORTB - Duas amigas tinham participado no programa em anos anteriores e tinham-me explicado a filosofia. Pareceu-me interessante e resolvi inscrever-me.
VC - Acha uma boa iniciativa?
ORTB - Excelente. A experiência internacional e' extremamente importante na carreira dos jovens para melhor avaliar e conhecer as varias diferenças e formas de ser neste mundo, seja na cultura, no trabalho, na vivência e assim adaptar melhor 'a aldeia global em que vivemos hoje. Na minha opinião devia ser algo ate que começasse já nas universidades, algo que fosse encorajado pela sociedade.
VC - Quais as vantagens que o Programa Contacto trouxe à sua empresa?
ORTB - Uma preciosa ajuda inicial em contactos com o Governo, o próprio apoio por parte do ICEP e suporte 'a ideia da Oristeba aquando da sua apresentação à Agencia Espacial Europeia. E mais recentemente, novos trabalhadores incorporados, vindos do Programa. Neste momento já empregamos 5 engenheiros do Programa Contacto.
VC - Em que é que o Programa Contacto o ajudou a tornar-se empreendedor?
ORTB - Melhor gestão de problemas e situações num domínio internacional creio que foi a maior lição retirada.
Hugo de Carvalho, Deleg. Icep, Milão, Itália.
Cláudio Santos, Deleg. ICEP, Cidade do México, México.
Pedro Folgado, ESViagens, Madrid, Espanha.
Depois de dois anos e meio a trabalhar em Portugal com um início de carreira (talvez demasiado) estável, o bichinho de mudar definitivamente de vida começou a fazer mais sentido do que nunca. Fosse pela ausência de novos desafios, fosse por estar saturado da estabilidade, fosse pela estranha sensação de não querer lamentar-me de nunca ter embarcado numa aventura rumo ao “desconhecido”, a verdade é que daí a candidatar-me ao Programa Inov Contacto foi um pequeno (grande) passo.
A colocação em Madrid teve um sabor agridoce: por um lado, a capital Espanhola não foi o destino que inicialmente estava previsto, nem o que, por consequência e muito honestamente, mais me estimulava; por outro, a proximidade a Portugal confundia-se com um sentimento de segurança adicional. O resultado tem-se revelado muito “saboroso” e a recompensa maior do que alguma vez esperado, em especial ao constatar o magnífico grupo que me esperava.
A Carlson Wagonlit Travel, empresa que me recebeu, era-me de todo desconhecida e nem o mês de estágio que passei em Lisboa me iluminou particularmente acerca da mesma. No entanto, tudo mudou após a chegada a Espanha e aqui foi-me transmitida não só formação geral acerca da empresa, como também formação específica para as funções que iria desempenhar. Actualmente, encontro-me a estagiar no Departamento de Recursos Humanos e tenho sob minha responsabilidade a gestão do projecto de implementação de um sistema de payroll em regime de outsourcing.
Nunca esperei que confiassem tamanha responsabilidade nas mãos de um mero estagiário, mas essa é, sem dúvida, uma das mais agradáveis diferenças que encontro entre a cultura empresarial espanhola e a portuguesa: uma vez aqui, o tratamento não é excessivamente hierarquizado e o nível de responsabilidade e responsabilização é horizontal, independentemente do nosso background, experiência profissional anterior ou até país de origem.
Outra diferença que desde logo considero relevante notar é uma maior orientação para resultados e objectivos, mesmo que, à semelhança de Portugal, se note uma ligeira tendência para trabalhar sob pressão e deixar tudo para o último “minuto”…
Sobre a cidade que pela primeira vez me recebe, Madrid é absolutamente fantástica! Desde as famosas tapas y cañas, à diversão nocturna incomparável, passando pela enorme oferta cultural, tudo é pretexto para que nos sintamos bem e (quase)
Para nós Portugueses, a adaptação ao modo de vida madrileño não é difícil. Também nós partilhamos do gosto por ambientes festivos, as diferenças culturais não são muito acentuadas, a língua é fácil de compreender e falar. Curiosa é a extrema dificuldade que os Espanhóis têm para perceber o Português falado, assim como o desconhecimento que muitos revelam acerca do nosso País. Sempre pensei que os nossos vizinhos estivessem mais informados acerca da nossa realidade actual e tivessem já desmistificado alguns dos estereótipos que associavam(os) a gerações mais antigas.
Não obstante o facto de a experiência profissional ser amplamente positiva e de ser uma óptima oportunidade de desenvolvimento, creio que o mais importante é o crescimento pessoal que se obtém. A descoberta, mesmo que forçada, de capacidades desconhecidas (como a culinária, por exemplo), a partilha de espaço com totais desconhecidos, a vivência diária num ambiente cultural diferente daquele a que estamos habituados, a estranheza de passar dias inteiros sem ouvir falar a nossa língua… são experiências que nos obrigam a crescer e a encarar com maior confiança o futuro.
O que quer que o destino me reserve, tenho hoje a certeza que estarei, se não preparado, pelo menos mais optimista, para o enfrentar.
Este é um projecto fundado por uma estagiária da 5.ª edição do Programa. Rita Godinho, realizou o seu estágio em França.
VC - Como nasceu a ideia de criar a CarpeVinum?
CP - A ideia começou a crescer enquanto trabalhei em França, onde fiz um Curso de Iniciação à Prova de Vinhos e algumas viagens de enoturismo. Nessa altura começaram a surgir ideias para criar um tipo de negócio que não estava muito desenvolvido em Portugal: ensinar as pessoas como provar o vinho, identificar aromas, sabores, combinações com a comida e criar um conceito de visitas organizadas de forma a poder-se aproveitar a Rota dos Vinhos, mas só passados dois anos e já em Portugal, decidi criar a CarpeVinum.
VC - Qual é a estrutura de capital e a sua participação nele?
CP - É uma Unipessoal Lda., da qual sou a única Sócia, com uma participação a 100%.
VC - Qual a sua área de actividade, principais clientes?
CP - A CarpeVinum é uma empresa de organização de eventos, que tem por um lado os clientes individuais particulares, para os quais realiza, com uma periodicidade mensal, actividades em torno da cultura do vinho como Cursos de Iniciação à Prova, Workshops e Provas de Vinhos, bem como visitas a quintas e adegas em todo o país, e por outro lado temos as Carpe Vinum’Soluções Corporate para os clientes empresariais, que são um conjunto de soluções criativas para as acções de comunicação, marketing, conferências, Team-building, lançamentos de produtos das mesmas.
VC - Que razões estratégicas, abordagens, motivações a levaram a constituir a empresa?
CP - A falta de empresas no ramo, e o nicho de mercado que estava por explorar.
VC - Quais são os objectivos da CarpeVinum?
CP - Criar momentos de lazer e convívio, numa descoberta de segredos e mistérios de texturas, aromas e sabores numa oportunidade de estar lado a lado com a cultura do vinho por um lado e a organização de eventos emocionantes cheios de aroma e muito charme.
VC - Da ideia ao início de actividade, quanto tempo foi necessário?
CP - Quando realmente pensei em criar a empresa, penso que foi necessário um ano, para criação da empresa, estruturação, criação de produtos....
VC - Como avaliou as oportunidades em termos dos factores críticos de sucesso? Da competição? E do Mercado?
CP - Na organização de eventos procura-se cada vez mais a inovação, a surpresa e a qualidade nos serviços prestados, a CarpeVinum desde o início se apresentou com produtos diferentes, com uma equipa profissional extremamente motivada, o que nos leva a conseguir criar momentos e sugestões que agradam os nossos clientes, é esse o nosso sucesso e a nossa forma de competir.
VC - Quais as principais dificuldades em entrar no mercado?
CP - No inicio, enquanto não fomos conhecidos, enquanto não fizemos os nossos primeiros eventos, foi um pouco mais difícil conseguir passar a imagem de uma empresa com a diversidade e qualidade ao nível de todos os produtos, mas os primeiros eventos começaram a surgir, e o “passa-palavra” é o nosso melhor Marketing.
VC - Que características acha que os empreendedores devem ter?
CP - Ser empreendedores...Devem ser pessoas pró-activas, com linhas estratégicas e objectivos bem definidos e principalmente nunca parar, querendo sempre mais e melhor.
VC - Pretende manter a actividade? Expandir? Diversificar?
CP - A CarpeVinum é para manter e crescer, vamos crescendo todos os dias de acordo com a nossa dimensão, e estamos sempre à procura, criando soluções diferentes e criativas. Como já trabalhamos a nível nacional e em qualquer parte do país a expansão será em termos de novos produtos, apesar de já termos uma diversidade de produtos bastante significativa.
VC - Quais as 3 lições mais importantes que aprendeu enquanto empreendedora?
CP - Passei a contar mais com as falhas ao nível do sistema burocrático, passei a estar disponível 24 h/dia durante 365 dias e que devemos querer crescer sempre à medida da nossa dimensão.
VC - Acha uma boa iniciativa, o Programa Contacto?
CP - Penso que é uma iniciativa, que no meu caso foi totalmente de encontro às expectativas: uma experiência profissional ao nível internacional, o conhecimento de novas culturas organizacionais e o alargar a novos horizontes. É uma iniciativa que bem aplicada se torna numa mais valia, num valor acrescentado ao Currículum Vitae profissional e pessoal de cada interveniente.
VC - De que modo é que o Programa Contacto o ajudou a tornar-se empreendedor?
CP - No caso do Programa Contacto, foi a oportunidade de ter estado em contacto com uma cultura diferente, como a Francesa, onde no fundo a ideia começou a nascer.
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