António Farinha | C13
Hewlett-Packard
Galway | Irlanda
Com os estágios desta edição 13 do INOV Contacto a chegar ao fim, muitos estagiários se deparam com a questão do que fazer a seguir. Enquanto alguns mal podem esperar para voltar ao seu cantinho, muitos são aqueles que preferem continuar a explorar o Mundo fora do nosso pequeno Portugal. E enquanto alguns têm a sorte de lhe ser oferecido um lugar na empresa que os acolheu durante o estágio, também os há que vão ficar sem emprego daqui a poucas semanas e estão à procura de algo para fazer a seguir.
E é principalmente para estes últimos que este artigo é direccionado. Também poderá ser útil aos que voltam a Portugal, mas estes gozam de um outro nível de conforto que lhes permite a utilização de meios mais convencionais. Vou falar de 3 websites que podem ser úteis na tarefa de encontrar emprego.
O LinkedIn é uma rede social online para contactos profissionais. É como que um Facebook ou Hi5 mas direccionado para criar relacionamentos profissionais, entrar em contacto com potenciais parceiros de negócio e encontrar emprego. Lançado em 2003, o site conta com mais de 40 milhões de utilizadores e continua com um rápido crescimento. Isto significa que é possível encontrar lá pessoas de todo o Mundo e de todas as indústrias.
Como em qualquer outra rede social, cada utilizador preenche o seu perfil, que neste caso tem o formato semelhante a um currículo. A partir daí é começar a adicionar contactos profissionais. Estas "ligações" directas permitem chegar a novos contactos, através de introductions, um mecanismo +ar que um dos nossos contactos nos apresente (através do site) a um novo contacto. Este sistema permite o alargamento da rede de contactos.
Estão também presentes os grupos cujo objectivo é juntar pessoas com características comuns: trabalharam juntas ou na mesma empresa, estudaram juntas ou na mesma escola/universidade, ou que simplesmente tenham interesses comuns.
O sistema de recomendações permite dar feedback sobre o trabalho desempenhado, servindo assim como se fosse uma carta de recomendação.
Por último, a pesquisa oferece a possibilidade de refinar os resultados segundo vários parâmetros, permitindo facilmente encontrar quem se procura.
O objectivo do Glassdoor é utilizar o conhecimento das massas e o excelente poder agregador que as novas tecnologias e a Internet nos proporcionam para reunir informação que de outra forma estaria espalhada e, na prática, inacessível. O site permite encontrar e partilhar (de forma anónima) opiniões, avaliações e detalhes salariais de empregadores específicos.
Para quem quer saber mais sobre o ambiente de trabalho de determinada empresa, o Glassdoor faz questionários de satisfação aos seus utilizadores sobre a empresa onde trabalham/trabalharam e apresenta os resultados de forma agregada.
Se o que procuram é informação sobre salários, é possível consultar os salários por cargo, cidade e empresa.
A mais recente adição ao site é uma secção de entrevistas, que disponibiliza relatos de utilizadores que passaram por processos de recrutamento e que partilham a sua experiência como forma de ajudar futuros candidatos.
A única "falha" deste site é o facto de a maior parte da informação ser referente a empresas nos Estados Unidos, mas já se consegue encontrar alguma informação relativa a outras grandes cidades mundiais.
Se a ideia não é arranjar um emprego fixo mas sim trabalhar como freelancer, o oDesk pode ser uma boa solução.
Além de fornecer uma forma fácil de procurar trabalhos, é também dada informação sobre cada cliente, incluindo trabalhos adjudicados no passado e feedback dado pelos fornecedores dos serviços sobre os mesmos. A gestão dos pagamentos é também gerida pelo site, o que pode facilitar em muito as burocracias associadas a tal.
A obtenção de trabalhos começa com uma candidatura que é avaliada pelo empregador, que consulta o perfil dos candidatos onde pode encontrar informação sobre trabalhos anteriores e qualificações (complementadas por testes de aptidão realizados no site). Uma vez obtido um trabalho, o site disponibiliza ferramentas que facilitam a comunicação entre as duas partes.
Enquanto que uma boa parte dos trabalhos estão relacionados com webdesign e desenvolvimento de software, já se encontra um grande número de trabalhos na área de escrita, tradução, contabilidade, finanças e marketing.
The internship that I am doing at Cisco Systems is providing me a new image of working in a big company. The people and their work methods are so different from all the rest that I knew. Cisco Systems offer excellent conditions of work to their employees. I observe motivated people in their work and that’s very significant to their productivity. I made a dialogue with Kulin Sha (intern in Cisco) and Ariana Massarat (works in IBM) so that we could understand some important aspects of working in 2 big companies like Cisco and IBM.
Pedro Silva – Tell me why do you work for CISCO. What does CISCO Systems "offer" to their employees?
Kulin Sha - I am a network engineer with a passion and background in networking. Cisco, the pioneer and market leader in network innovations and design is the company that I have always wanted to work for. They not only research and develop the latest communication technologies bringing the world closer than you can possibly imagine but also is a Green and socially giving enterprise that has never missed an opportunity to do its part when needed. It has multiple benefits like from state of the art fitness and recreation facilities to great health and monetary benefits. There were no second thoughts for me.
Pedro Silva – How about their work methodologies?
Cisco is an enormous firm. A single formula can never work for all situations hence with numerous Business Units; each has its own style of operation. Every group has its own unique and efficient approach to reach the common goals of profit and customer satisfaction. Few common things that can be noticed are team work, dedication and the desire to advance and succeed. The management model although deep, is very transparent and efficient. Networking has been my background, interest and passion and working for the world leader in the work I would contribute to as an Engineer, that for me is motivation enough apart from the great the work environment, the international mix of highly qualified peers and being part of a company which does it's part for the world and the environment.
Pedro Silva – Is there any new product, something innovative?
Kulin Sha - As I mentioned Cisco has the most number of patents in the field of network engineering and in fact one that makes its proprietary stuff standard so that everyone can take advantage of the technology it has developed. Me, for e.g., am working on another of Cisco proprietary security technologies called Get VPN which does away with the well established form of point-to-point encryption mechanisms and touches new boundaries of group encryption for enterprise wide security solutions.
Pedro Silva – Why do you work for IBM. What does IBM "give" to their employees?
Ariana Massarat - I work for IBM because it provides me the opportunity to not only work in an established organization with strong core values, but also to be flexible and innovative. IBM values innovation and change and the company is sensitive to the needs of its employees. We are paid competitively and are offered important/good health benefits. There are also intangible benefits that the company offers. I am able to work from home some days, I have a flexible schedule, the company values volunteerism/community service, good internal education, access to the newest technology, etc. I really like working for IBM.
Pedro Silva – How about their work methodologies?
Ariana Massarat - IBM uses many different methodologies to get work done. One key thing, however, especially when working in a place like San Jose ... we work with many different types of people. The company values diversity and we are lucky to have the opportunity to work with others that have different backgrounds and interests, we all bring something important to the job. Some pieces of my job, I work alone. But most of my job I work with a team or many teams to get a big job done. We each play a role and have responsibilities. We have to trust each other and get along.
Pedro Silva – Can you explain the social relationships inside IBM.
Ariana Massarat - Generally people get along well. We have to work together in order to get important things done with our job. We all depend on other people, we cannot do things alone so we are motivated to be kind and respect each other. We also value the skills of other people.
Pedro Luís | C12
Cimpor
Brasil
Este país e esta cidade não me eram totalmente estranhos, pois, nasci aqui e apesar de ter vivido no Brasil apenas até aos quatro anos, passei muitas férias nesta região. Mesmo assim, o Brasil que eu conhecia era um Brasil com uma visão turística que é bastante diferente do Brasil que esta experiência na Cimpor Brasil me está a proporcionar.
As experiências que irei relatar não se restringem apenas à minha experiência dentro da Cimpor Brasil, mas também dizem respeito à minha experiência obtida no dia-a-dia desta cidade de 20[1] milhões de habitantes.
O pressuposto imediato que se tira após analisar este número é a dimensão do mercado brasileiro, que enquanto em Portugal e mesmo no resto da Europa se fala em milhares de utilizadores/compradores aqui deve-se pensar em milhões.
Uma das primeiras questões que me surgiu, foi como uma cidade com 20 milhões de habitantes pode gerar empregos suficientes capazes de manter as pessoas a viverem em São Paulo, porque, em termos de mercado de trabalho São Paulo é uma cidade onde se encontra de tudo, desde uma população extremamente qualificada, capaz de competir em qualquer mercado mundial, até uma população cujo nível de qualificação é muito baixo.
Será sobre esta parte da população menos qualificada que irei desenvolver a minha análise.
Apesar de apresentar uma taxa de desemprego na ordem dos 13,6%[2], taxa que é quase o dobro da taxa de desemprego verificada em Portugal em Maio de 2008 que situou-se nos 7,8%[3], São Paulo apresenta uma variada oferta de trabalho que já não é vista no mercado europeu. Trata-se de ofertas de emprego nas mais diversas áreas destinadas a uma população pouco qualificada e cuja mão-de-obra é barata. Este tipo de profissões podem ser identificadas em várias situações do dia-a-dia, como por exemplo, os “ascensoristas” que tem como função operarem os elevadores dos centros comerciais, hotéis e edifícios públicos cujo objectivo é exponenciar a eficiência dos elevadores, os “manobristas” (responsáveis por estacionar os carros) vistos na grande parte dos restaurantes da cidade, os “frentistas” cuja função é abastecer os carros, entre outras.
É uma forma bastante criativa e interessante de combater o desemprego e de ao mesmo tempo tentar possibilitar um melhor serviço ao cliente, isto, naturalmente, dentro da realidade brasileira. Pois, ao tentar aplicar-se este conceito de trabalho ao mercado português/europeu o mesmo não é viável dado a mão-de-obra em Portugal ser extremamente cara o que impossibilita a criação deste tipo de emprego. Apesar da possível não aplicabilidade deste tipo de emprego em Portugal, a flexibilidade da legislação laboral brasileira aliada a esta “criatividade” poderia ser utilizada como um exemplo para criação de empregos acessórios às actividades existentes acrescentando valor ao serviço/produto oferecido e diminuído assim os níveis de desemprego.
[1] Dados retirados do estudo “População residente, em 1º de abril de 2007: Publicação Completa” publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
[2] Dados referentes a Janeiro de 2008 retirados do artigo “Taxa de desemprego
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