Segunda-feira, 17 de Novembro de 2008

The Hole in the Wall

João Castelão Vaz  |  C12

 

Logoplaste

UK

 

Dirigo este artigo em especial para quem, como eu, decidiu embarcar neste programa como um salto em frente na sua carreira professional. Tinha à partida 3 anos de experiência e voltaria à categoria de estagiário, numa qualquer empresa, num país qualquer. Nestas condições é um risco, e ninguém duvide disso. Entrei na Logoplaste UK, cujo mérito e modelo de negócio em Portugal é sobejamente conhecido e muitos contacteantes no passado tiveram a sorte de ingressar numa entre muitas das unidades de negócio. O modelo de negócio é o  “Hole in the Wall” forma de Just in Time de  fornecimento de garrafas HDPE (Polietileno de alta densidade) ou PET (polietileno tereftalato) para enchimento de produtos de grande consumo.

Pelo facto de se tratar de um produto presente diariamente nas nossas vidas não deixa de envolver bastante “ciência”. Rapidamente enumero como principais a Química, a Física, a Matemática (estatística), e outras disciplinas como a termodinâmica, a gestão da cadeia de valor, a ergonomia, o marketing, a performance mecânica, a integridade, e características como a fiabilidade do produto na cadeia de fornecimento.

Pensemos em algumas situações concretas:

-As propriedades físico-químicas influem na qualidade do produto acabado, assim se o teor de água no PE for elevada, gasta-se energia na sua secagem, ou corre-se o risco de se obter um produto com fraca resistência mecânica.

-Se a viscosidade intrínseca, propriedade associada à massa molecular das cadeias de PE, não for a mais adequada, ao apertarmos uma embalagem de Ketchup o mais certo é dosearmos também o prato do vizinho.

-A aparência final de uma embalagem pode assemelhar-se a casca de laranja, ou o pescoço de uma garrafa apresentar-se torcido derivado do facto de não suportar as cargas estáticas especificadas pelo cliente. Qualquer produto que chegue até às prateleiras do supermercado nestas condições, naturalmente, ficará por lá, porque optamos por não o levar para casa. Ou ainda, se falarmos de sumo de maça, este pode tornar-se castanho porque o material da embalagem era mais permeável à entrada de oxigénio.

-Um último exemplo: Quem gosta de beber Coca-Cola “choca” porque as dimensões do gargalo não se adequaram à vedação da tampa? Dou-vos o exemplo da Coca-Cola que, como outras empresas, gere o seu produto e a sua fabricação como se de peças para estações espaciais se tratasse. Estamos a falar de processos seis sigma que já pouco toleram 3.4 defeitos por milhão. Se obtemos um volume de plástico, que passaria aos olhos mais experienciados, mas que actualmente não lhe dá razão temos também que nos preocupar com as dimensões à terceira casa decimal.

Profissionalmente interessa-me as combinações de todos estes factores, as causas e consequências de variâncias do processo industrial, o desenho de experiências e outros métodos estatisticos para optimizar e fornecer 1 bilião de garrafas, todas elas dentro de especificações. Os vectores principais do sucesso deste negócio passam pela redução de desperdícios (matéria-prima, operacionais, movimento), pela aposta na qualidade (cumprir especificações, a importância de “fazer bem à primeira”) e pela eficiência energética (a potência eléctrica contratada é para cumprir e pequenas acções como desligar a luz são essenciais).

Foi um risco mas a satisfação profissional foi alcançada. Se a matriz do programa Contacto é a internacionalização, a Logoplaste é sem dúvida a “escolha” para o desenvolvimento profissional. 

 

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Sábado, 26 de Julho de 2008

PETbottles - Que futuro?

   Rui da Silva Assis

 

   Logoplaste   |   E.U.A.   |   New York   |   C11

 

Polyethylene Teraphthalate, mais conhecido como PET está a invadir as prateleiras dos supermercados Norte Americanos. Este tipo de garrafas de plástico, que são feitas a partir de “preformas”, ganham a forma dos moldes depois de aquecidas e sopradas em máquinas “extrusão”, que estão, cada vez mais, a ser aceites pela indústria alimentar.

As vantagens são inúmeras, a começar pelo peso e robustez das garrafas, que quando comparadas com garrafas de vidro, não só são mais leves mas também mais resistentes. O preço é outro factor bastante apelativo que, em momentos de crise, ganham mais relevo devido às cada vez mais reduzidas margens de lucro. A facilidade com que se pode moldar uma garrafa PET de forma a tornar o design mais atractivo, o facto de ser amiga do ambiente por ser fácil a sua reciclagem e a simplicidade em transporta-las são factores decisivos no mundo competitivo de hoje.

Onde me encontro a estagiar, Rome NY, a Logoplaste, fornece as garrafas de plástico a uma fábrica de azeites. O consumo de azeite desde que aqui estou não parou de diminuir, o preço subiu 40% em 6 meses e o facto de ser considerado um bem secundário/luxo, em momentos de recessão, naturalmente é substituído pelo consumo de bens primários. Apesar destas adversidades, a produção de garrafas PET nunca parou de aumentar, essencialmente devido a substituição gradual de garrafas de vidro por plástico por parte do nosso cliente e o aumento da procura de garrafas mais pequenas.

Mesmo na indústria dos vinhos, garrafas PET começam a ser utilizadas para vinhos de baixa qualidade ou de consumo rápido. Inicialmente testado em França, mas agora um pouco por todo o mundo as garrafas PET começam a aparecer num mercado que até à pouco tempo se pensou inimaginável. Os consumidores certamente que não estão habituadas a ver garrafas de plástico conterem vinho, mas a verdadeira barreira subsiste na impermeabilidade destas garrafas face ao ar.

Será que as garrafas PET iram substituir o vidro? Ainda é muito cedo para dizer, mas as vantagens competitivas não deixam dúvidas quanto ao sucesso que elas terão no mercado internacional e não será de estranhar que as empresas optem cada vez mais por garrafas PET em detrimento de garrafas de vidro.

 

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Quinta-feira, 24 de Julho de 2008

Inov Contacto - O Risco do retorno

   Eva Vasconcelos

 

   Logoplaste  |  República Checa  |  Praga  |  C11

 

Quando concorremos ao Inov Contacto assumimos um risco. Estamos dispostos a assumi-lo porque esperamos obter um retorno no futuro. Estabelecendo um paralelo entre o que acontece nos mercados financeiros e o Programa Contacto, podemos encarar este estágio como um investimento pessoal e profissional. Aplicamos os nossos recursos na forma de tempo, conhecimento, experiência, capacidade de aprendizagem, etc., na expectativa de eles gerarem rendimentos no médio/longo prazo. Procuramos reforçar competências, alargar conhecimentos, adquirir experiência de trabalho, desenvolvimento e valorização pessoal e esperamos que o mercado de trabalho valorize no futuro estes activos adquiridos ao longo do estágio. Por outras palavras, esperamos ver aumentado o nosso “valor de mercado”. Obviamente há custos associados à decisão de investimento e se nos mercados financeiros eles podem ser medidos por elementos tangíveis, no caso do INOV Contacto, eles serão expressos em custos de oportunidade - decidimos investir neste projecto os recursos que dispomos mas estamos simultaneamente a abdicar de aplicações alternativas desses recursos.

 

O facto de mudarmos de país e aceitarmos uma vida nova tem um impacto grande sobre a nossa experiência de vida. Aprendemos a lidar com novas situações, realidades distintas, deparamo-nos com dificuldades e barreiras, culturas e estilos de vida diferentes, conhecemos pessoas, novas formas de trabalho em diferentes contextos económicos e empresariais. O risco associado a este projecto, na perspectiva de quem beneficia dele, está relacionado com todos estes factores e com o sucesso que poderemos ou não obter. O retorno esperado será em função do risco e da dedicação que aplicarmos no projecto.

 

Qualquer decisão de investimento exige uma análise cuidada, traçamos objectivos, identificamos as variáveis envolvidas, criamos vários cenários e procuramos prever resultados. No final, cruzamos a informação e decidimos se aquele investimento compensa ou não os recursos que vamos pôr à disposição quando iniciarmos o estágio. Há alguma incerteza nesta decisão tendo em conta que não controlamos uma parte das variáveis, não controlamos a escolha das empresas nem do país, por exemplo. Mas há uma outra variável que controlamos e que poderá ser vista como uma variável chave – a predisposição para aprender e trabalhar fazendo deste um projecto que nos valorize. No meu caso particular, quando decidi concorrer, dediquei uma parte do meu tempo a analisar todas as vantagens, riscos e desvantagens de uma decisão deste tipo. Ponderei e decidi assumir o risco. Passadas as fases de selecção e a semana de formação, a noticia...Logoplaste, Republica Checa. Uma empresa em crescimento, com um conceito de negócio interessante e uma estrutura sólida, um país a desenvolver-se, um estágio por fazer e estavam reunidas as condições para que tudo corresse da melhor forma. A Logoplaste - Consultores Técnicos S.A., foi fundada em 1976 em Portugal e é, hoje em dia, apontada com frequência como um caso de sucesso. Líder no mercado português e terceira a nível europeu na produção de embalagens em plástico rígido, a Logoplaste destaca-se pelo modelo de negócio inovador que a sustenta. Denominado “hole in the wall” (www.logoplaste.com) consiste na instalação da fábrica junto do cliente, formando uma unidade integrada e assegurando uma das fases do processo produtivo. A Logoplaste, tem apostado fortemente na internacionalização e na exploração de novos mercados sendo hoje uma multinacional, com presença em 8 países e um total de 42 unidades produtivas. A minha experiência na Logoplaste tem-se revelado enriquecedora e nesse sentido posso afirmar, agora que me encontro na fase final do estágio, que o risco que assumi há uns meses atrás acabou por ter um retorno visível. Ganhei em conhecimento e em experiência pessoal e profissional, tendo-me sido ainda dada a oportunidade de terminar os dois últimos meses do estágio na Holanda, numa outra fábrica da empresa. A Logoplaste proporcionou-me o contacto com duas realidades distintas: trabalhar num escritório e numa fábrica, dois países com culturas e pessoas diferentes numa área em que tenho grande interesse. Hoje, considero que o risco associado a este projecto/investimento acabou, no meu caso, por se transformar em novas oportunidades.

 

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Terça-feira, 4 de Dezembro de 2007

Logoplaste - Factores Críticos de Sucesso e de Diferenciação.

   Filipe Themudo  -  Logoplaste,  Reading,  U.k.

 

A Logoplaste – Consultores Técnicos S.A. é hoje uma empresa de sucesso. Fundada em 1976 pelo seu Presidente Marcel de Botton, foi pioneira na Europa na fabricação de embalagens de plástico “in-house”, através do inovador e distintivo conceito de “Unidade Integrada” e do modelo “Hole-in-the-wall”. Líder no fabrico de embalagens plásticas em Portugal, a Logoplaste aposta hoje em dia numa forte estratégia de crescimento e internacionalização, estando presente nos mercados da Europa, América do Norte, América do Sul e, mais recentemente, Ásia.

 

A estratégia de negócio da Logoplaste, aprendi, centra-se em 5 pilares fundamentais que a distinguem face às restantes: Foco; Descentralização; Serviço; Negócio “Win-Win”; Crescimento. Por “Foco” entende-se a lógica de que cada cliente é mais do que um cliente, é um Parceiro de negócio que representa uma Fábrica, uma “Unidade Integrada”. O facto de a maioria das Unidades de Produção da Logoplaste estar acoplada à do Parceiro facilita as relações e ajuda na resolução de problemas técnicos. A “Descentralização” vem da forma de gestão adoptada, ou seja, uma gestão local, mas com apoio central – os chamados Serviços Partilhados. O “Serviço”, que prima pela Qualidade, Flexibilidade, Fiabilidade e Investigação & Desenvolvimento. O Negócio “Win-Win”, talvez o pilar mais interessante e que mais a distingue, gira à volta da noção de que para a empresa ganhar, o parceiro também tem que o fazer... e vice-versa. A Logoplaste aposta numa estratégia de preço transparente, partilha de risco e crescimento conjunto com o parceiro. O “Crescimento”, fundamental e motor da ambição e vontade que esta empresa demonstra, é o que potencia a competitividade e eleva os níveis de exigência.

 

A Logoplaste demonstra uma enorme ambição de crescimento e inerente internacionalização, mas sem perder a cabeça e incorrer em riscos desnecessários, apostando num crescimento sustentado revelador de competência, eficiência e vontade de evoluir em sintonia com os parceiros. É uma empresa que se baseia em Valores e são estes que a distinguem. Proactividade nas atitudes e na resposta engenhosa aos desafios do dia-a-dia; Crescimento conjunto do negócio e da equipa; a Qualidade demonstrada pela vontade de fazer bem à primeira, a tempo e de forma sistemática; a atitude de melhoria contínua focada na Qualidade do produto e serviço; a Integridade caracterizada pela abertura e frontalidade nas relações, assim como pelo empenhamento nas tarefas a realizar; a preocupação demonstrada pela Comunidade, Ambiente e Causas Sociais; a Cultura empresarial baseada na partilha de objectivos comuns e a preocupação com a mútua satisfação, trazem aos parceiros a vantagem de beneficiarem de mais de 30 anos de experiência, tanto através da gestão da “Unidade Integrada”, como através do apoio ao desenvolvimento de novas soluções de packaging.

 

Quanto aos principais factores de diferenciação, podem-se distinguir o modelo de negócio em si, a capacidade de execução e o alargamento do conceito de “serviço”. O Modelo de Negócio assenta numa empresa com mais de 30 anos de experiência, totalmente focada na eficiência do negócio e que aposta forte na sustentabilidade na manutenção das relações de parceria demonstrando uma forte capacidade de adaptação à evolução da indústria, da concorrência e das exigências do mercado. A forte Capacidade de Execução assenta numa cultura organizativa orientada para uma prática de melhoria contínua, com rápida e eficaz capacidade de resposta a novos desafios técnicos e a imprevistos normais do negócio. A Logoplaste caracteriza-se pela robustez e adaptabilidade das suas soluções industriais. O Alargamento do Conceito de Serviço passa por cada unidade de negócio independente estar activa no desenvolvimento de novas soluções nas embalagens plásticas, trabalhando em sintonia com os parceiros de modo a inovar e melhorar os produtos. Com uma Direcção Técnica forte, acompanhada de sólida componente comercial, a Logoplaste, através do seu Departamento de LPTD (Logoplaste Packaging Technology Department), actua na área de Consultoria para a Investigação & Desenvolvimento de novas ideias e produtos, desde o desenvolvimento e design da embalagem até à sua produção em pequena escala, numa perspectiva de optimização das soluções técnicas e melhoria da qualidade do produto final. Desta forma, a Logoplaste é mais do que um serviço, é também um parceiro tecnológico.

 

Assim sendo, e pelo que me foi dado a perceber, são estes os factores críticos de sucesso da Logoplaste e o que a diferencia das restantes. Isso e a fundamental e louvável coragem de assumir o risco, potenciando a ambição de crescimento e sustentada pela competência e eficácia exigida a quem com a Logoplaste trabalha.

 

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Quarta-feira, 3 de Outubro de 2007

As relações de trabalho em Portugal e no Mundo

   Sérgio Silva - Logoplaste, Madrid, Espanha.

 

 

Gestores Portugueses

 

Portugal é um país de formalismos. É, provavelmente, o único país do mundo em que os seus licenciados, inseridos num meio empresarial, insistem em ser tratados pelo seu título académico.

Sem querer entrar num enquadramento histórico muito longo direi apenas que antigamente o titulo de Dr. correspondia a um estatuto social elevado destacando-se pela cultura e/ou pela fortuna. Pela raridade de licenciados, na altura, também era atribuído a quem concluísse um curso universitário.

É com este background cultural que temos a ideia generalizada de que o respeito, enquanto trabalhador, provém, não da nossa capacidade profissional, mas sim, do facto de termos ou não o nosso nome antecedido por Dr. ou Eng.

A cultura empresarial portuguesa está, neste aspecto, bastante atrasada comparativamente com, por exemplo, os restantes países europeus. Mesmo em Espanha, país onde estou colocado e onde podemos mais facilmente comparar os gestores de ambos os países, este fenómeno não acontece e chega, inclusive, a ser repudiado. 

Em Portugal chega-se ao exagero de tratarmos todas as pessoas por Dr. pelo simples facto de termos medo de ferir alguma susceptibilidade. É nisto que temos que mudar a nossa mentalidade. Os gestores portugueses não deveriam preocupar-se com simples trivialidades.

Numa empresa, onde todos deveriam estar a contribuir para um objectivo comum e a trabalhar em conjunto para alcançá-lo, este tratamento formal, na minha opinião, apenas serve para manter o distanciamento entre os profissionais de uma empresa, ao “elitizar”, separar e diferenciar.

O que estamos a assistir neste momento é uma desvalorização progressiva dos títulos académicos, sobretudo com a “popularização” da licenciatura e consequentemente a uma mudança de atitude e mentalidade nos futuros gestores portugueses.

Em conclusão, o mundo empresarial português só terá a ganhar com a eliminação destas minudências e a abolição das barreiras formais entre profissionais. Somos capazes de chegar atrasados a uma reunião importante com um cliente estrangeiro mas se uma carta vier endereçada apenas com o nosso nome somos capazes de perder tempo a tentar rectifica-la.

 

Sou da opinião de que primeiro somos profissionais e depois somos licenciados.

 

publicado por visaocontacto às 12:23
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