Terça-feira, 10 de Março de 2009

Oportunidades na Economia Mexicana

Margarida Grácio | C12
National Business Brokers
Cidade do México | México
 

O México encerra o ano num clima de incerteza e com sinais de risco em diversos campos.   Existe uma preocupação crescente e justificada em relação à situação económica da sociedade mexicana, entre outras razões, pela diminuição do envio de remessas dos trabalhadores Mexicanos nos Estados Unidos, situação que afectará a situação económica das famílias mexicanas e consequentemente o seu consumo. O panorama torna-se mais desanimador quando se observam os índices de desemprego esperados. Qualquer empresa querendo manter a sua rentabilidade usará a medida mais efectiva para esse fim que será o de reduzir a sua força laboral, conseguindo, assim, baixarr os seus custos. Por outro lado, a dificuldade de acesso a financiamento junto da banca por parte das pequenas e médias empresas,  coloca-as numa situação financeira difícil, sem solução à vista.

 

Face a esta situação actual, o Governo  viu-se obrigado a tomar medidas urgentes e elaborou um plano para fazer face à crise instalada.  O plano apresenta 5 medidas principais: aumentar os gastos públicos em infra-estruturas de forma a estimular o crescimento; mudança nas regras de gastos em infra-estruturas por parte do sector público; construção de uma nova refinaria no país; criação de um programa de apoio às pequenas e médias empresas; e estabelecimento de um novo programa de desregulação e diminuição da carga tributária de forma a tornar mais competitivo o sistema produtivo nacional.

 

A dúvida que se coloca é, em que medida, estas decisões se apresentarão eficazes, e serão suficientes para evitar a recessão. Focando o mercado de M&A no qual está inserida a empresa onde actualmente me encontro e mais especificamente a média e pequena empresa mexicana, a presente situação económica obrigará a que o empresário elabore uma analise rigorosa dos seus recursos, identifique claramente os seus pontos fortes e fracos, a fim de determinar a sua capacidade de aproveitar as oportunidades e defender-se das ameaças. Uma das soluções para o crescimento e desenvolvimento passará pela fusão de empresas, o que permitirá uma redução de custos e um aumento de receitas. Perante a situação financeira presente, muitas destas pequenas e médias empresas se verão obrigadas a vender, o que se apresenta como uma oportunidade para as empresas que se encontram numa boa situação financeira e que pretendem expandir as suas operações.

 

Da análise do presente panorama, um pensamento devemos manter sempre:  em tempos de crise existem sempre oportunidades.

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Sexta-feira, 18 de Janeiro de 2008

Adaptando-se ao norte mexicano

   Nelson Canastro   -   Leonsiche Portugal   -   Hermosillo, Mexico.

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Adaptar-se ao México e à sua cultura é muito fácil para um português, as barreiras que se podem encontrar são a língua, a comida, o clima e uma vida social mais relaxada que a nossa.

 

Em questões linguísticas, o espanhol mexicano parece-me mais fácil de entender que o espanhol de Espanha por isso, com um mínimo de esforço e um pouco de tempo, creio, que qualquer pessoa é capaz de ultrapassar esta primeira barreira.

A segunda barreira que se atravessa no processo de adaptação é a alimentação, os mexicanos são pessoas que comem muito por excelência e sempre acompanham as suas comidas com muitos molhos e muito chile para tornar a comida picante, começam o dia com uma taça de leite antes de ir trabalhar, a meio da manha come-se tacos de batata e chouriço acompanhados com muita lima, sal e chile. Ao almoço não podem faltar os feijões, as tortilhas, a lima, o sal, o chile e/ou qualquer molho picante, tudo isso acompanhado com carne ou peixe ou até por vezes um caldo de carne, sendo raramente utilizado o arroz. O jantar serve-se por volta das 19h e na maioria das vezes é composto pelos mesmos ingredientes utilizados para o almoço preparados de forma diferente, peixe e marisco estão extremamente proibidos durante a noite já que, de acordo com o mito urbano mexicano, são muito pesados para o sistema digestivo e normalmente os mexicanos passam mal a noite se os comem.

A terceira barreira a ultrapassar é o clima. Hermosillo encontra-se a 100Km da costa no deserto mexicano de Sonora e conta com temperaturas entre os 3ºC e os 51ºC. Durante o Inverno as temperaturas medias rondam os 25ºC de dia e 5ºC de noite, durante a primavera as temperaturas oscilam entre os 37ºC durante o dia e os 15ºC pela noite, o verão é sem duvida a época mais difícil de ultrapassar já que os termómetros costumam rondar os 47ºC (atingindo por vezes os 52ºC) durante o dia e os 35ºC de noite obrigando por isso a manter sempre um ar condicionado ligado por perto e a beber muitos líquidos, no Outono os termómetros baixam novamente para os 34ºC diurnos e os 10ºC nocturnos.

A última barreira a ultrapassar é a vida social mais relaxada, de domingo a quarta-feira pode-se passar uns bons momentos a jogar bowling, snoker, ir ao cinema ou até um pub. De quinta-feira a sábado as noites começam com um jantar por casa, já que habitualmente não se realizam jantares de grupo, seguido de uma discoteca ou bar com musica ao vivo até às duas da manhã, hora a que todos os bares fecham obrigando assim a quem quiser continuar com festas a dirigir-se até casa de alguém ou estacionar o carro numa rua qualquer, ligar o rádio e fazer a festa até que a policia apareça a pedir que se mova a festa de sitio porque os vizinhos já fizeram queixa.

O povo mexicano prima pela sua simpatia, pela forma relaxada como encara a vida e pelo espírito boémio, graças a todas estas suas qualidades, foi-me relativamente fácil criar amizades e encontrar sempre alguém que me ajudasse a conhecer a cidade e os povos vizinhos bem como a sua historia e tradições.

 

Vale a pena conhecer

 

Sonora é uma região do México cheia de história, a maioria envolvendo guerras civis e a guerra pela terra com os Estados Unidos, graças a isso, existem alguns museus em Hermosillo, bem como edifícios da época que vale a pena visitar. Fora da grande cidade, existem pequenas povoações com aspectos muito bonitos de se ver, como por exemplo edifícios antigos e o fabrico de artesanato.

 

Para os apreciadores de relaxar na praia ou na piscina de um luxuoso hotel, também o pode fazer na costa oeste de Sonora, banhada pelo oceano pacífico, com praias deslumbrantes e agua muito quente.

Para quem gosta de festas, há algumas alturas do ano a recomendar, como por exemplo, em Fevereiro existe toda a época de “Spring Break” em que os estudantes americanos, como estão de ferias, deslocam-se ate Puerto Peñasco e transformam a cidade num gigante palco de festa em que durante todo o dia, em todas as ruas, o ambiente festivo é uma constante. Em Setembro celebra-se a independência Mexicana, a festa dura três dias e concentra-se principalmente diante do palácio do governador, é unicamente nesta festa que se encontram os famosos sombreros mexicanos à venda. Em Novembro celebra-se o “Dia de muertos” em que as pessoas vão fazer a festa para os cemitérios, chega-se as 09:00, come-se, bebe-se, as bandas e os mariachis tocam, dança-se, festeja-se e sai-se do cemitério por cerca das 17:00. Muitas mais festas existem durante o ano e todas elas têm algum aspecto único que vale a pena conhecer.

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Segunda-feira, 11 de Junho de 2007

Da água para o vinho...de um 1º para um 3º Mundo

   Mafalda Ricca

Amorim Imobiliária, Cidade do México, México.

 

Curiosidades

1. México, país que viveu oprimido até ao Sec.XVII e com apenas uma  curta história da qual se orgulha.  Aztecas, que a cada ano matavam milhares de mexicanos, espanhóis, que para além de  matarem milhares dominaram o país por 300 anos e uma ditadura que se prolongou por 30 anos. Tudo isto acaba por se reflectir num nacionalismo marcado, na  escassez de museus, ou até mesmo nas ruas com nomes de países ou cidades, já que não há figuras ilustres ou momentos de glória dignos de serem recordados numa placa.

 

2. Um país de grandes contrastes, onde quem tem dinheiro tem MUITO dinheiro e quem não tem dinheiro é miserável. Pobres que dão dinheiro a miseráveis, bens vendidos em qualquer esquina da cidade, numa variedade de produtos que termina aonde acaba a imaginação do vendedor mais criativo, familias para as quais os seus  filhos são mais uma fonte de rendimento, já que também estes aos 5 anos já alcançam o estatuto de vendedor de rua.

 

3. Um país de corrupção, onde a carta de condução se compra no supermercado (para evitar subornos) e onde os políticos ganham salários  exorbitantes, para evitar a tentação de serem subornado.

 

4. País de ineficiencias. Um território onde os feriados durante a semana tpassaram para as segundas-feiras, pelo simples facto de que todos  os mexicanos aproveitavam para faltar sem avisar e fazer a sua merecida ponte. Um país onde o tempo passado no trânsito  e os almoços desfrutados na secretária do escritório (para assim poupar mais uns pesos) são dois grandes motivos para que ninguém resista ao desgaste físico e psicológico de um dia de trabalho.

 

5. Um  país  onde com níveis de poluição tão elevados, as crianças  são proibidas de saírem à rua nos dias mais críticos e onde a reciclagem é ainda uma preocupação para o futuro.


 

Da água para o vinho...de um 1º para um 3º Mundo
 

Da água para o vinho, 4 meses, são suficentes para me fazer sentir que deixei a  a água para ficar com o vinho, ou terei deixado o vinho?...Talvez até nem tenha mudado de bebida, e tenha passado apenas a beber  um vinho diferente. Um povo que reflete um país de contrastes, de miséria, de crime, de corrupção, de desorganização, de ineficiencias, de poluição, de caos, de desastres naturais. Ainda assim um povo atraente, um povo que faz qualquer estrangeiro esquecer todos estes podres e sentir que aqui pode viver uma experiência enriquecedora, de aprendizagem constante com o melhor e o pior que o México tem para oferecer.

 

Hoje já é sexta-feira! Apanho um autocarro para ir para o escritório. Pessoas penduradas na porta da frente e a porta de trás bem fechada com uma mochila e um pé de fora. Assim que entro no altar do condutor, com a cruz, as flores, os santos e todos os adornos que tematizam um lugar sagrado, descubro que não tenho 2 pesos (0,14 €) trocados. E agora? Como o motorista não pode dar troco, há sempre um “amiguinho” que faz questão de pagar...hoje pago eu, amanhã pagas tu! Pelo caminho ouço anúncios do Governo para que sejam defendidos os direitos das crianças, para que seja combatida a expansão galopante dos traficantes de droga..

 

Entro no escritório, ou talvez seja melhor dizer que entro em casa, e ouço um

“Hola, como estás?” Que vem sempre acompanhado de um abraço e de um “me alegra que esteas bien”.

 

Despidos de formalismos, desde o 1º dia que aceder ao CEO da empresa foi tão fácil como o acesso à empregada de limpeza e assim vou conhecendo um bocado mais dos mexicanos e assim me vou sentindo cada vez melhor no meu trabalho.

 

Durante o dia peço que me envie aquele documento que lhe tinha pedido....”Claro que si”. Regra básica: nunca confiar num sim dos Mexicanos. Hoje é SIM, amanhã é talvez e depois de amanhã passa a NÃO, e isto porque não foram capazes de dizer aquele não desde o início. Latinos de gema, na teoria está tudo sempre bem e tudo é possível e fácil de conseguir. A prática? Sempre acaba por nos reservar algumas surpresas!

 

Está na hora de ir embora e quero correr para uma cidade ainda desconhecida.“ Nos vemos...que descanses! Suerte”... assim nos despedimos até à proxima semana.

 

Um país com 21.915.000 turistas por ano tem concerteza muitos tesouros para me mostrar. Tenho um pequeno problema, as estradas são péssimas, e as saídas das cidades são o caos, e não interessa se são poucos os kms que tenho para percorrer, o que interessa mesmo é...quanto tempo demoro a chegar ao meu destino. Esqueço os detalhes e parto para a Central de Autocarros.

 

Resolvi ir de metro. Metro? Esse também é uma excelente alternativa de transporte mas em horas de ponta! Nestas alturas ultra caóticas, as carruagens da frente são reservadas às “señoritas”, o que significa que nestas carruagens se vai bem confortável e sem ter de suportar um baixote de bigode, sujo e não perfumado!

 

À saída da cidade passo uma casa onde um homem, com a ajuda dos mariachis, canta a “Paloma” para a sua futura mulher, que segundo manda a tradição, apenas lhe poderá dizer o sim depois de uma boa serenata.

 

Pela estrada fora, vejo um sinal que ainda não conhecia " por favor deixe passar os carros sem travões"...Curioso?!

 

Chego ao meu destino e saio daquele autocarro. Uma aldeia colonial, uma selva com indígenas, uma terra de hippies, uma cidade Azteca com as pirâmides como cenário, uma lagoa, uma cascata, uma praia paradisíaca, um povo curioso que vem falar comigo porque simplesmente adora trocar experiências. Um povo que nunca se esquece de abrir bem os braços para me receber. Ainda extasiada com tantos cantos por explorar e experiências tão diferentes para viver regresso a casa.

 

Entro em casa e pego num copo de vinho, Casa Madero é uma boa opção, mas nenhum vinho é capaz de competir com um bom vinho português...bem diferente, desta vez...como do vinho para a água!

 
FACTOS

PORTUGAL: 10.642.836 Hab.

Lisboa: 2.761.000 Hab.

Área: 92.391 Km2

PIB : 203.1 Biliões de USD

PIB pc: 19.100 USD

Tx inflação: 8,2

Democracia Parlamentar

Religião: 84,5% Católica

Independência: 1143

 

 

MÉXICO: 108.700.891 Hab.

Cidade México: 22.700.000 Hab. (cerca de metade de todo do nosso país)

Área: 1.964.375 km2

PIB: 1.134 Triliões de USD (cerca de 5x o PIB português)

PIB pc: 10.600 USD (cerca de metade do nosso PIB pc)

Tx Inflação: 3,4

República Federal

Religião: 92% Católica

Independência 1810 (700 anos depois)

 

publicado por visaocontacto às 17:06
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México - Um mercado a descobrir.

   Cláudio Santos, Deleg. ICEP, Cidade do México, México.

 

Há cerca de 11 horas de avião de distância da Europa (sem contar com as escalas que devemos fazer para quem vem de Portugal), a percepção que nós usualmente temos deste país poderia ser resumido a: praias, tequilla, fiesta, carochas e Cancún. Ledo engano, o México é um país bastante industrializado e desenvolvido, apenas vivendo no obscurantismo quando comparado com os seus vizinhos “todos-poderosos” do norte.
 
A oportunidade de poder estagiar numa delegação do ICEP, neste caso no México, se por um lado me privou de conhecer um típico ambiente de trabalho mexicano, por outro permitiu-me adquirir conhecimentos bastante alargados sobre sua economia e seus diversos sectores.
 
Pode parecer um pouco irreal, mas o México possui números realmente importantes: 14º economia mundial, 5º maior produtor de petróleo, crescimento de 3.5% em 2006, principais multinacionais do Mundo presentes no país. Além disso e segundo um estudo divulgado pela reconhecida consultadoria PricewaterhouseCoopers referente a 2005, a Cidade do México figura na 8º posição entre as metrópoles mundiais com o maior PIB em termos de poder de compra,  projectando-se como a 7º em 2020. Impressionante para quem não tem muita informação sobre este país.
 
Outros factores a salientar, o México, comparativamente com os outros países da América Latina, possui uma economia muito mais aberta, traduzida nos inúmeros acordos bilaterais assinados com outros países (inclusive a União Europeia), sendo o segundo país (depois de Singapura) a assinar um tratado de livre comércio com o Japão. É o país, actualmente, com maior número de acordos de livre comércio no mundo. Também é o país da América Latina que mais recebeu investimentos estrangeiros em 2006 (19 mil milhões de dólares), superando o Brasil como destino favorito.
 
Claro que existem pontos negativos importantes a apontar, como a disparidade da distribuição de renda (20% dos mais ricos detém 55% da riqueza nacional) contribuindo bastante para os índices de criminalidade, e mais especificamente na Cidade do México, o completo caos a nível de urbanização, com excepção de algumas áreas, dos transportes e a poluição. E claro, a ainda excessiva dependência da evolução da economia norte-americana constitui um dos principais entraves para o seu desenvolvimento.
 
O mesmo estudo mencionado anteriormente alerta que o peso económico não é necessariamente a solução. "A Cidade do México, a maior economia entre as cidades emergentes, é acometida por problemas de crime, congestionamento e poluição que fazem cidades menores mas de crescimento mais rápido, como Guadalajara e Monterrey, mais atractivas".
 
Um dos aspectos culturais e que de certo modo bloqueia o desenvolvimento do país pode ser resumido numa expressão muito comum por aqui: ahorita. Esta expressão, numa tradução simples, significa “daqui a pouco” ou “já lhe faço”. Mas para efeitos práticos, o ahorita significa uma “eternidade”. Tudo é feito com bastante calma e lentidão para o padrão europeu, pelo que é preciso ter alguma paciência e encarar tudo isto com naturalidade, como um traço característico deste povo.
 
Sobre sectores específicos do mercado mexicano vistos como oportunidades para a oferta portuguesa, podem-se destacar os Vinhos e o Turismo.
 
A indústria vitivinícola mexicana é uma indústria que, contando o facto de não ser de tradição, tem apresentado vinhos de boa qualidade. Até há alguns anos a ideia de produzir vinho no México fosse uma ilusão. Actualmente, o México entra no cenário dos chamados Vinhos do Novo Mundo, provenientes da Austrália, Chile, EUA, África do Sul, Argentina, Nova Zelândia, e começou a participar nos melhores concursos internacionais. Actualmente o México exporta para pouco mais de 10 países, destacando-se os EUA.
 
Apesar disto, o consumo de vinho entre a população é baixo, sendo que a reduzida parcela de cidadãos com altos rendimentos apresenta preferência pelos produtos importados. No entanto, o México dispõe de condições geográficas e climáticas favoráveis para a produção de vinhos de alta qualidade, o que lhe dá vantagens comparativas principalmente para o mercado de exportação. Este mercado, no qual a participação mexicana é ainda incipiente, apresenta potencial dada a boa relação qualidade/preço do produto mexicano.
 
Os vinhos portugueses encontram uma forte concorrência no mercado mexicano. Como noutros sectores, Portugal sofre pela falta de “marca” e reconhecimento que os seus produtos têm nos mercados internacionais. No caso do vinho, a qualidade do mesmo é conhecida pelos profissionais do sector, mas tal não acontece junto dos consumidores e compradores finais, com excepção do vinho do Porto.
 
Além disto que a concorrência em preço é muito forte e os vinhos portugueses são colocados acima da média da concorrência, factor que pode ser explicado por custos logísticos mais altos devidos pelo menor volume de caixas que entram no mercado quando comparado com os vinhos de outros países, sem contar claro com os custos de fabricação.
 
A oferta portuguesa no sector do turismo não pode promover o país como um destino do tipo “praia e sol”, visto que o México é bastante reconhecido a nível internacional nesta área. Pode-se citar como exemplo, Acapulco e Cancún, pelo que o turista mexicano dará preferência a destinos nacionais, considerando a sua qualidade e também pelo reduzido poder de compra de grande parte da população. Outro facto que bloqueia a promoção de Portugal como destino turístico aqui é a inexistência de voos directos entre os dois países.
 
Considerando estes factos, pode-se dizer que a promoção turística no México deve mostrar Portugal como um destino de importância histórica e cultural. Também o turismo religioso, muitas vezes ignorado pelos agentes do ramo, tem um grande potencial aqui, visto que 89% de sua população de cerca de 100 milhões de habitantes é católica e tem grande devoção pela Virgem de Guadalupe (47% da população assiste a missa semanalmente), que assume importância similar a Fátima em Portugal.
 
O México, como referido no título, é definitivamente um país a descobrir pelos portugueses, não apenas como um destino turístico, mas sim como um país em vias de desenvolvimento e com excelentes projecções de crescimento, podendo ser uma alternativa de investimento aos já tradicionais países do BRIC, e mas especificamente no caso português, a Angola. Um país cheio de oportunidades, rico e diversificado culturalmente.
publicado por visaocontacto às 16:50
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