Quinta-feira, 6 de Agosto de 2009

Google Wave - Redefinindo a comunicação na Internet

João Ferreira | C13
 
Bank Millennium
Varsóvia | Polónia
 

Todos os anos, a Google organiza uma conferência que tem por base o desenvolvimento de aplicações web – a Google I/O. Nestas conferências, são discutidas várias formas de utilizar as diferentes tecnologias da Google, bem como outras tecnologias open source. Este ano, a Google revelou um novo serviço que está a desenvolver – o Google Wave.

 

Criada pela mesma equipa que criou o Google Maps, o Google Wave é uma ferramenta de comunicação e colaboração, em tempo real, que apenas necessita de um browser para funcionar. O conceito é unificar a comunicação na Internet, já que o Google Wave pode ser considerado um híbrido entre email, chat, instant messaging, wikis, redes sociais e gestão de projectos. No Google Wave podemos juntar os nossos colegas de trabalho e discutir como resolver “aquele” problema ou partilhar ficheiros.

 

O Google Wave tem bastantes funcionalidades inovadoras, mas aqui apresentam-se apenas as mais importantes:

 

·  Tempo real: Na maior parte dos casos, é possível ver o que os outros participantes estão a escrever, carácter a carácter;

·    Embebido: As conversações podem ser embebidas em qualquer site;

·    Aplicações e Extensões: Podem ser desenvolvidas novas aplicações para colocar dentro das conversações. Um bom exemplo é um jogo que pode ser jogado por todos os participantes;

·   Funcionalidades wiki: Tudo pode ser escrito dentro de uma conversação e tudo pode ser editado por qualquer participante;

·    Open source: O código do Google Wave vai ser open source, podendo ser livremente alterado e distribuído;

·    Partilha de ficheiros drag-and-drop: Não existem attachments no Google Wave. Os ficheiros podem ser partilhados através de drag-and-drop para dentro da conversação.

 

O core do Google Wave são as waves. Uma wave pode ser considerada um objecto que representa a conversação e que é partilhado por todos os participantes. No mínimo, cada wave incluí um participante e não há limites para o número máximo de participantes. Tudo o que se passa na conversação é armazenada na wave e fica disponível para todos.

 

Vale também a pena mencionar que é possível adicionar gadgets às waves. Um gadget é uma aplicação com a qual os participantes podem interagir, muito semelhante às gadgets do iGoogle e do Facebook. A diferença é que estes gadgets estão disponíveis para todos os participantes de uma wave.

 

De acordo com a Google, os gadgets têm como principal função alterar o look and feel das waves. No entanto esta função é bastante redutora dos gadgets. Qualquer gadget do iGoogle e do OpenSocial pode ser executado dentro de uma wave, o que significa que milhares de aplicações já existentes vão funcionar com o Google Wave. Além disso, um gadget dentro de uma wave pode interagir com todos os participantes dessa wave, criando uma experiência partilhada por todos. Se analisarmos estes dois pontos, vemos que a capacidade de um gadget vai bem mais além do que apenas alterar o look and feel das waves.

 

E como é que tudo isto se apresenta ao utilizador? Actualmente ainda não é possível experimentar o Google Wave, apenas podemos ter uma noção de como funciona através de imagens e vídeos.  

 


 

 

O design do Google Wave segue as linhas das outras aplicações da Google, sendo a mais semelhante o Gmail. O foco, neste caso, passam a ser os contactos, ou seja, os possíveis participantes para as conversações. No centro temos a lista de waves disponíveis, muito semelhante a uma lista de emails e à direita os detalhes da wave seleccionada.

 

Actualmente o Google Wave está apenas disponível para um conjunto restrito de pessoas, principalmente software developers. A previsão é que este novo serviço esteja disponível para o público em geral no final de 2009. Para os mais ansiosos está disponível aqui um vídeo que explica e exemplifica com bastante pormenor as várias funcionalidades do Google Wave.

Dadas as suas características, já há quem esteja a prever que o Google Wave vá redefinir o email e a comunicação web. O hype já está lançado mas só quando o Google Wave estiver disponível para o público em geral é que será possível confirmar se realmente estamos perante uma revolução na forma como comunicamos na Internet.

 

publicado por visaocontacto às 10:54
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Quinta-feira, 16 de Julho de 2009

Para onde nos levam as tecnologias de informação

Telmo Pereira | C13

 

Cisco-Systems, Inc

San Jose, EUA

 

 

O mundo da informação é cada vez mais vasto, mas simultaneamente mais complexo e incerto, colocando-nos perante numerosos e constantes desafios individuais e colectivos.

 

Com o surgimento da grande rede, a Internet, o acesso a um mundo de informação passou de uma simples visão utópica para uma realidade inabalável.

 

Hoje, termos como a Web 2.0, instigam a nossa mente para uma nova geração de serviços e surge associada a diversos ícones da Internet actual, os Blogues, a Wikipedia, o Facebook, o Twitter ou talvez, a bandeira mais luzente da web 2.0, os sites de partilha de vídeos como o YouTube ou o GoogleVideo.

 

Mas afinal do que falamos? Web 2.0? Trata-se de um termo usual nos dias de hoje, mas os limites da sua definição são preponderantemente indeterminados dada a sua abrangência. Sinteticamente podemos referir-nos à  web 2.0 como uma suposta segunda geração de serviços de Internet, que visam a partilha de informação e comunicação entre os internautas, promovendo a interactividade e a participação de todos, numa percepção e concepção da web como plataforma. Presentemente, praticamente todos nós somos utilizadores directos e consumidores da informação, estamos quotidianamente em contacto com o  digital, mas somos em muitos casos, também, os criadores desta informação, ajudando a tecer esta teia do Conhecimento. É desta forma que  assumimos um papel interventivo, mais presente e participativo no mundo da informação. Se como receptores da informação o nosso papel passa por filtrar criteriosamente a informação a que acedemos, na maioria das vezes não mediada por qualquer entidade ou organização confiável, realça-se que como criadores de informação, a nossa responsabilidade é catapultada para um outro patamar, pelo que metodologia, responsabilidade, coerência, bom senso, honestidade são características que devem estar subjacentes nas nossas páginas on-line, ou nos nossos blogues. Só desta forma podemos contribuir para o consolidar, e não, o degradar desta teia de informação.

 

Nas últimas duas décadas assistiu-se ao desenvolvimento da comunicação a uma velocidade estonteante, tendo as tecnologias de informação invadido, praticamente todas áreas da vida da sociedade. Mudança que fez nascer toda uma geração de comunicadores.

 

Uns dos principais veículos da informação, sustentáculo essencial em todo este processo de revolução tecnológica, foram os telemóveis. Estes contribuem para um contacto mais directo com o mundo do digital, seja através de SMSs, MMSs, blogues, sites de Internet, listas de correio electrónico, video-on-demand, movileTV, tudo está disponível nos mais sofisticados dispositivos móveis, que nos ligam ao Mundo.

 

Outro factor de realce para esta evolução da comunicação, foi o portátil que se tornou comum na vida universitária e no mundo empresarial e começa a ser comum em muitos meios da sociedade. A mobilidade é hoje também palavra de ordem. Existem actualmente milhares e milhares de hotspots, redes metropolitanas e celulares que suportam todo este disseminar de informação.

 

Pessoalmente acredito que o futuro passará por tecnologias como o WiMAX e LTE, que abrirão alas para as redes da quarta geração fornecendo larguras de banda superiores e cobertura superior às tecnologias actuais. No entanto, a minha percepção é muito clara quanto a isso. Não existe nenhuma tecnologia capaz de substituir e suplantar todas as outras existentes sendo também ela economicamente viável para figurar como a tecnologia de eleição nas redes da próxima geração. Logo, do ponto de vista do operador de telecomunicações o suporte desta nova geração de serviços passa pela integração de redes heterogéneas e integração dos diversos serviços e plataformas de controlo e gestão, que permitirão o fornecimento de mais e melhores soluções.

   

A convergência tecnológica aponta para uma integração das redes de informação e comunicação e a mutação dos serviços que passarão de uma perspectiva vertical para uma perspectiva horizontal (multi-serviço), sendo que será indiferente a tecnologia que estaremos a utilizar.

 

Estão abertos os caminhos para o “Fantastic Four” ou dito quadruple-play e para toda uma nova geração de serviços, o que impõe consequentemente novos desafios às operadoras de telecomunicações, nesta sinergia constante de desafio/progresso tecnológico.

 

 

No contexto nacional, parece evidente que qualquer evolução significativa na melhoria das condições actuais de exploração das TI, passa forçosamente por um empenhamento político determinado e esclarecido, assente num conjunto claro de objectivos alicerçado em metas realistas predefinidas e auditáveis. O Plano Tecnológico é um pequeno passo com metas ainda algo distantes.

 

Não restam dúvidas que tudo parece convergir para a evolução do digital. A tecnologia tem um papel catalisador para o desenvolvimento da sociedade. A sociedade por um lado impõe e influencia a inovação tecnológica e adopção de novas tecnologias. No entanto, estas surgem também de perspectivas visionárias, muitas vezes futurologistas, que não têm como base essencial o suprir de uma necessidade.

 

O tema Tecnologia prolonga-se muito para além do que foi traçado nestas linhas e muito fica por dizer. Contudo e por enquanto termino por aqui. Espero ter cativado a sua atenção, para este mundo paralelo em que vivemos.

publicado por visaocontacto às 12:38
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Terça-feira, 19 de Maio de 2009

Atitude positiva nas empresas tecnológicas dos EUA

João Sousa Botto | C13 

Leadership Business Consulting

São Francisco | EUA

 

Basta abrir o jornal, ligar a televisão ou,  simplesmente estar atento às conversas daqueles que nos rodeiam, para sabermos que vivemos uma crise económica; e não é necessário esforço adicional para perceber que os Estados Unidos são, realmente, o epicentro da crise.

 

Na minha actividade cruzo-me diariamente com excelentes profissionais que foram despedidos (layed-off) como consequência das dificuldades actuais. Felizmente, vejo que muitas pessoas acreditam nas suas próprias capacidades e vêem a sua nova situação como uma oportunidade para trabalhar em projectos que até agora tinham ficado para segundo plano por falta de tempo. Nos Estados Unidos – e sobretudo na zona de Silicon Valley - é motivo de orgulho ter-se, ou ter-se tido, a sua própria startup, mesmo que esta não tenha conhecido sucesso.

 

Os incentivos para estabelecer a sua própria empresa são agora muito interessantes e estão constantemente a surgir novas incubadoras empresariais, pelo que o lay-off é visto por muitos como a ocasião ideal para criar uma startup.

 

Mas os tempos em que as tecnológicas eram facilmente financiadas acabaram, e as empresas de capital de risco limitaram assustadoramente os seus investimentos. Actualmente, os bancos têm menos dinheiro disponível para empréstimos, o que afecta significativamente a disponibilidade financeira das próprias empresas de capital de risco. Para um empreendedor, com empresa estabelecida, conseguir novos financiamentos, tem agora não só que mostrar que o seu produto é interessante e completamente inovador ou substancialmente superior ao da concorrência (seja em termos de funcionalidade ou de preço) mas, também, que está dependente de um factor “sorte” por ter que conhecer os investidores certos. As empresas financiadas são agora as que produzem produtos que se encaixem na categoria need to have (versus nice to have), estando a principal preocupação relacionada com o contributo que o produto terá directa ou indirectamente na redução de custos para o seu utilizador.

 

Apesar de ser fácil iniciar uma nova empresa, esta terá que ser economicamente auto-sustentável ou contar com as limitações de financiamento anteriormente referidas. Estas condições, aliadas ao facto de os despedimentos e congelamento de novas contratações tenderem a sobrecarregar o actual quadro de recursos humanos, alteram o rumo das inovações de forma a que os novos produtos estejam agora relacionados com o aumento de produtividade e automatização de procedimentos.

 

Esta tendência é seguramente uma oportunidade para formar novas empresas focadas em encontrar soluções para colmatar as lacunas percebidas antes dos lay-offs mas que nunca chegaram a ser postas em prática por limitações temporais.

 

Por outro lado, apesar dos despedimentos, as empresas não podem deixar de inovar, sob pena de verem os seus produtos tornarem-se obsoletos e perderem margem de mercado. Espera-se, então, que as empresas que agora reduzem as suas despesas neste departamento tenham num futuro próximo que adquirir startups que estejam a inovar na sua área para gerir com sucesso a sua presença no mercado.

 

Pode, então, dizer-se, que a população americana enfrenta a crise utilizando os incentivos governamentais para criar novas empresas e realizar projectos que até então não tinham sido possíveis. A atitude positiva e abertura para aceitar a crise fazem com que se acredite que os Estados Unidos ultrapassarão esta situação antes das outras potências mundiais.

publicado por visaocontacto às 15:34
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Sexta-feira, 26 de Dezembro de 2008

O futuro com a Web 2.0

 

 

Hugo Almeida

SoftCode

Madrid | Espanha

 

Um futuro por explorar

 

"Web 2.0 é a mudança para uma Internet como plataforma, e um entendimento das regras para obter sucesso nesta nova plataforma. Entre outras, a regra mais importante é desenvolver aplicativos que aproveitem os efeitos de rede para se tornarem melhores quanto mais usados são pelas pessoas, aproveitando a inteligência colectiva"

Tim O’ Reilly

 

A Internet surge como meio de comunicação na década de 70, aquando da guerra-fria, a ARPANET, um projecto iniciado pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Desde este projecto até à Internet como a conhecemos hoje em dia, passaram-se vários anos e todo este processo teve a estreita colaboração de  Tim Berners-Lee e do CERN, Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire - Centro Europeu de Pesquisas Nucleares, que criaram a World Wide Web, inicialmente interligando sistemas de pesquisa científicas e, mais tarde, universidades. Esta evolução não encontra um fim e Tim O'Reilly abriu portas ao conceito que actualmente vemos na Internet.

Com a Web 2.0 começaram-se a desenvolver software's que são usados pela Internet e vendidos, não em pacotes mas como serviços, pagos mensalmente como uma conta de água. Espaços de discussão, lojas on-line, serviços de desktop, em que cada pessoa pode ter uma secretária na Internet, espaços de brainstorming etc, são exemplos de pequenas vantagens que fazem da Internet o meio mais usado para gestão de empresas, publicidade etc.

Os websites e os seus conteúdos também sofrem alterações: agora, o usuário tem a  possibilidade de participar, de gerar conhecimento e organizá-lo de modo a outros poderem aceder a este. Se um conteúdo não é gerado por um usuário, este pode comentar ou avaliar determinado conteúdo fomentando a discussão e evolução do conhecimento.

Algumas aplicações Web 2.0 permitem a personalização do conteúdo mostrado para cada usuário, sob forma de página pessoal, permitindo-lhe a filtragem de informação que considera relevante, como por exemplo o gigante Google com o serviço iGoogle.

A Internet surge como oportunidade de negócio e, pequenos negócios (objectos raros, ou pouco procurados) encontram uma forma viável de existência, pois ao conseguirem uma loja on-line conseguirão vender produtos que não seriam sustentáveis com o preço de mantimento de uma loja física.

O marketing e a publicidade também sofreram um reajustamento. A publicidade deixou de ser uma via de sentido único, onde a empresa emite uma mensagem que o consumidor recebe. Neste momento, com uma campanha publicitária, a empresa consegue feedback instantâneo através da colocação de mensagens, estatísticas, jogos, etc.,. vários meios para atingir o mesmo fim.

 

A Softcode e a Ci2t

Avistando as potencialidades do desenvolvimento da Internet surge, em 2002, a Softcode uma empresa criada no âmbito do Viveiro Virtual de Empresas (VVE) da Comunidade de Madrid  integrado  no IV Programa Formativo de Criação de Empresas Inovadoras de Origem Académica.

A Softcode apresenta soluções baseadas em Internet à medida aos seus clientes enquanto que, por força de uma ambição comum, actua em determinadas frentes desenvolvendo projectos de cariz tecnológico nos quais vê potencial para reforço de determinadas actividades.

Um desses projectos o SIGINVER, projecto de cariz agrícola, deu origem a uma outra empresa que funciona em paralelo com a Softcode. O SINGINVER é uma estufa controlável através de Internet, em que a toda a hora o utilizador sabe a temperatura, a humidade e as condições mais favoráveis à altura de crescimento do produto cultivado. Várias distinções de prestigiadas associações levaram à formação da empresa que gere agora este produto, a CI2T.

Com um trabalho de criação e de investigação, integrei-me na Softcode de modo a ajudar a melhorar o serviço de criação de soluções web para empresas, estando directamente ligado à criação de um serviço, a Webaprecio, uma página de soluções web a preços extremamente competitivos em que as melhores aplicações são utilizadas através de ferramentas oferecidas pela Internet e integradas de modo a garantir a satisfação do cliente por um preço extremamente irrisório. Este conceito explora as ofertas da WEB 2.0 da melhor forma para bem da empresa como criadora e do cliente como consumidor, garantindo satisfação e profissionalismo de uma forma extremamente equilibrada.

O crescimento da empresa está proporcionalmente ligado à identificação de potencialidades na Web 2.0 que possam ser usadas em função da satisfação dos clientes.

 

Madrid

Pelo meio das semanas de trabalho, pelas horas perdidas em transportes surge uma casa, surgem os amigos, surgem os momentos partilhados em ambiente de festa e alegria. Aqui entra o barranco das popas (nome de baptismo da nossa bela casa). Histórias que vão prevalecer na memória até que ela um dia se apague.

Como disse alguém "Madrid vive-se bem e Muito!"..

 

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Terça-feira, 23 de Dezembro de 2008

Pervasive Media

João Soares | C12
 
Hewlett-Packard
 
Bristol | UK
 

O conceito de Pervasive Media já existe há mais de uma década e significa a mudança de um modelo centrado na computação para um modelo centrado em multimédia, no qual, com a ajuda de diferentes tecnologias, se interage com o meio, expandindo, assim, os nossos sentidos. Para isso, combina-se software com equipamentos digitais, que fazem uso de processamento de sinal e de redes de computadores para apresentarem conteúdo multimédia, permitindo interagir com o meio que nos rodeia.

No sentido de explorar as potencialidades da Pervasive Media, em 2002 a Hewlett-Packard, empresa onde estou a estagiar, em colaboração com a Universidade de Bristol, Reino Unido, criou o programa Mobile Bristol, de forma a estudar como se podia associar dispositivos móveis e tecnologia de informação “pervasive” para melhorar a experiência de interacção com o meio, em espaços públicos. Deste projecto, resultou a plataforma de desenvolvimento Mscape.

A plataforma permite o desenvolvimento de media scapes (jogos, guias, histórias), que, com a utilização de um equipamento móvel com GPS, conseguem criar ao utilizador uma experiência interactiva, com texto, vídeo e som, à medida que o utilizador se aproxima das coordenadas definidas no media scape.

De modo a serem desenvolvidas mais aplicações que utilizam esta plataforma, foi criada uma comunidade, que conta já com cerca de 280 media scapes. Qualquer pessoa pode inscrever-se e partilhar os seus media scapes ou descarregar qualquer um dos já existentes e instalá-lo num dispositivo compatível.

De forma a desenvolver tecnologias relacionadas com Pervasive Media, incluindo esta ferramenta, a HP decidiu financiar um espaço em Bristol, o Pervasive Media Studio, onde são dados workshops, eventos públicos, espaço para empresas criativas se instalarem e desenvolverem os seu projectos, etc. Este espaço permite fazer uma associação entre Indústrias Criativas e Indústrias de Tecnologias de Informação, dando à HP a possibilidade de desenvolver tecnologias de Pervasive Media.

No futuro, prevê-se uma utilização cada vez maior deste tipo de ferramentas, combinando um grande número de tecnologias, tais como GPS, Bluetooth, câmara de filmar, redes celulares, em que as indústrias criativas, mais concretamente as indústrias de videojogos, têm um papel central. Por exemplo, poderão ser criados jogos que utilizaem a conjugação de tecnologia de posicionamento global, como o GPS, com tecnologia de captação de imagem que, através de técnicas de processamento de imagem, fazem a sobreposição com informação relevante sobre um determinado objecto ou mesmo outro jogador.

Este tipo de plataformas promovem a criação de novos dispositivos, a utilização de espaço de alojamento, o aumento de tráfego de redes, sendo, por conseguinte, de todo o interesse da HP o desenvolvimento destas tecnologias, de modo a potenciar a venda de dispositivos electrónicos, servidores e equipamentos de rede.

Sem dúvida, o desenvolvimento da Pervasive Media criará grandes oportunidades para diferentes tipos de indústrias e trará ao utilizador final experiências ricas de interacção com o ambiente que o rodeia.

Vídeo "Roku's Reward" (HP)

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Quinta-feira, 11 de Dezembro de 2008

A Força das TI no Celtic Tiger

Daniel Melão | C12

 

IBM

Dublin | Rep. Irlanda

 

 

Celtic Tiger foi o nome dado à República da Irlanda aquando do seu enorme crescimento económico, que teve início nos primeiros anos da década de 90. Em pouco mais de 10 anos, a República da Irlanda passou de um país com graves problemas sociais e económicos para um dos países mais ricos e pujantes da Europa. De acordo com dados de 2007, divulgados pelo Fundo Monetário Internacional e pelo Banco Mundial, a República da Irlanda apresenta um PIB per capita dos mais elevados do mundo, 5.ª e 4.ª posições respectivamente. Muitos chamaram-lhe o milagre económico irlandês.

Várias causas são apontadas para este milagre e estão longe de ser consensuais. Todavia, alguns factores como, por exemplo, a parceria social entre patrões, sindicatos e governos, as várias décadas de investimento no ensino superior irlandês, o criar de condições atractivas para o investimento estrangeiro através da baixa de impostos para empresas e a adesão à União Europeia são motivos que contribuíram para o “boom” irlandês.

Atraídos por estas medidas, mas principalmente pelo regime fiscal do país, um dos mais competitivos do mundo, onde a taxa de imposto cobrada sobre os lucros das empresas se situa pouco acima dos 10%, grandes gigantes das tecnologias de informação como a Microsoft, Dell, Intel, Google, IBM, HP, etc., têm investido, ao longo da última década, fortemente na República da Irlanda, país que é já responsável pela produção de 25% de todos os PC's que circulam na Europa e tornou-se, nos últimos anos, um dos maiores exportadores de software do mundo. Todas estas multinacionais têm importantes centros de decisão e produção aqui instalados que, em vários casos, são responsáveis por toda a operação da empresa na Europa e não só, tornando a República da Irlanda um verdadeiro “hub” para estas multinacionais. A Google e a Microsoft são dois dos exemplos que espelham bem esta realidade.

As instalações da Google em Dublin são já as maiores fora dos Estados Unidos, incluindo escritórios de atendimento ao cliente, publicidade, vendas, finanças, desenvolvimento e outras operações com trabalhadores de 35 nações, onde se falam 17 línguas.

Em relação à Microsoft, esta implementou na República da Irlanda dois importantes centros que suportam as actividades da empresa para toda a Europa, Médio Oriente e África. O Microsoft European Development Centre (EDC) é um importante centro de desenvolvimento e manutenção dos produtos Microsoft e trabalha em estreita colaboração com os outros três centros do género que estão na Dinamarca, Índia e China.

 O Microsoft EMEA Operations Centre é responsável pelas vendas, atendimento ao cliente, entre outras funções, para 85 países espalhados pela Europa, Africa e Médio Oriente. Porém, o investimento da Microsoft na República da Irlanda não parece estar a esmorecer, já que a companhia anunciou, em 2007, o projecto de implementar neste país o seu primeiro Windows Live EMEA Data Center num investimento de 500 milhões de dólares.

Michael Dell, fundador e CEO da gigante informática norte-americana Dell, empresa que tem em Limerick o seu principal centro de produção de computadores para a Europa, afirmou em 2002, na Universidade de Limerick:

I don’t think it’s coincidence that Ireland and Dell share the same character and connection. Every success we’ve achieved around the world has been due to the old Irish recipe of big dreams, hard work and strong relationships.”

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Terça-feira, 9 de Dezembro de 2008

CBS Interactive

bruno dinis | c12
cbs interactive | london

 

 

Ar puro. O programa InovContacto abriu uma nova janela na minha vida. Um estágio na CBS Interactive em Londres, numa empresa diferente, numa cidade brilhante.

 


Agrega marcas como CBS, Cnet, Bnet, Tv.com, Mp3.com, Last.fm, Gamespot, SmartPlanet entre muitas outras.


condições de trabalho.

Com excelentes condições de trabalho à minha disposição, sinto-me como peixe na água. O mundo da produção de vídeo exige grandes recursos humanos e financeiros. Desde câmaras de alta definição, estúdios onde gravamos diariamente todos os “sketches”, ate aos profissionais da multimédia, tenho, de facto, aprendido imenso com todos eles. Todos me auxiliam e ensinam sempre que necessito de algo novo e a partilha de conhecimento é muito bem explorada. Isso repercute-se numa maior produtividade do grupo de trabalho e torna a nossa equipa muito mais forte. Confesso que não podia estar melhor

 

team building.

A CBS Interactive, multinacional norte-americana, leva esta temática muito a sério. Como sabemos o 'team building' é um processo de motivação natural que tem como objectivo criar num grupo de pessoas um “espírito de equipa”. Clarificando: desde a simples 'pint' (uma cerveja num 'pub' aleatório), onde socializamos com os colegas de outros departamentos, passando pelo “bowling”, sessões de karaoke, festas temáticas e até aulas de danças latinas. Todos estes processos geram um sentimento de cumplicidade e pertença ao grupo e melhoram a produtividade do mesmo e a forma como as pessoas interagem e trabalham em equipa.

 

videos.

Quanto às minhas funções, neste momento estou a gravar e editar vídeos para os sites: www.cnet.co.uk (media e produtos tecnológicos de consumo) e www.gamespot.co.uk (videojogos). Deixo-vos aqui alguns exemplos do meu trabalho, salvaguardando que, se não fosse esta oportunidade que a aicep nos proporciona, jamais teria um estágio como este.

.

 

Como é sabido todos nós estamos cada vez mais dependentes da tecnologia e do poder que os media exercem na nossa vida. Agora mais do que nunca. É aí que entra a CBS Interactive. A sétima maior empresa na Internet, com mais de 180 milhões de visitas mensais em todos os seus sites.
 

alguns exemplos do meu trabalho online:
Iphone 3G
Apple MacBook
Red Alert 3 (com Gemma Atkinson)


cheers

 

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Domingo, 7 de Dezembro de 2008

Working in Silicon Valley

Pedro Silva | C12
Cisco Systems
San Jose | EUA
 

The internship that I am doing at Cisco Systems is providing me a new image of working in a big company. The people and their work methods are so different from all the rest that I knew. Cisco Systems offer excellent conditions of work to their employees. I observe motivated people in their work and that’s very significant to their productivity. I made a dialogue with Kulin Sha (intern in Cisco) and Ariana Massarat (works in IBM) so that we could understand some important aspects of working in 2 big companies like Cisco and IBM.

Pedro Silva – Tell me why do you work for CISCO. What does CISCO Systems "offer" to their employees?

Kulin Sha - I am a network engineer with a passion and background in networking. Cisco, the pioneer and market leader in network innovations and design is the company that I have always wanted to work for. They not only research and develop the latest communication technologies bringing the world closer than you can possibly imagine but also is a Green and socially giving enterprise that has never missed an opportunity to do its part when needed. It has multiple benefits like from state of the art fitness and recreation facilities to great health and monetary benefits. There were no second thoughts for me.

Pedro Silva – How about their work methodologies?

Cisco is an enormous firm. A single formula can never work for all situations hence with numerous Business Units; each has its own style of operation. Every group has its own unique and efficient approach to reach the common goals of profit and customer satisfaction. Few common things that can be noticed are team work, dedication and the desire to advance and succeed. The management model although deep, is very transparent and efficient. Networking has been my background, interest and passion and working for the world leader in the work I would contribute to as an Engineer, that for me is motivation enough apart from the great the work environment, the international mix of highly qualified peers and being part of a company which does it's part for the world and the environment.

Pedro Silva – Is there any new product, something innovative?

Kulin Sha - As I mentioned Cisco has the most number of patents in the field of network engineering and in fact one that makes its proprietary stuff standard so that everyone can take advantage of the technology it has developed. Me, for e.g., am working on another of Cisco proprietary security technologies called Get VPN which does away with the well established form of point-to-point encryption mechanisms and touches new boundaries of group encryption for enterprise wide security solutions.

Pedro Silva – Why do you work for IBM. What does IBM "give" to their employees?

Ariana Massarat - I work for IBM because it provides me the opportunity to not only work in an established organization with strong core values, but also to be flexible and innovative. IBM values innovation and change and the company is sensitive to the needs of its employees. We are paid competitively and are offered important/good health benefits. There are also intangible benefits that the company offers. I am able to work from home some days, I have a flexible schedule, the company values volunteerism/community service, good internal education, access to the newest technology, etc. I really like working for IBM.

Pedro Silva – How about their work methodologies?

Ariana Massarat - IBM uses many different methodologies to get work done. One key thing, however, especially when working in a place like San Jose ... we work with many different types of people. The company values diversity and we are lucky to have the opportunity to work with others that have different backgrounds and interests, we all bring something important to the job. Some pieces of my job, I work alone. But most of my job I work with a team or many teams to get a big job done. We each play a role and have responsibilities. We have to trust each other and get along.

Pedro Silva – Can you explain the social relationships inside IBM.

Ariana Massarat - Generally people get along well. We have to work together in order to get important things done with our job. We all depend on other people, we cannot do things alone so we are motivated to be kind and respect each other. We also value the skills of other people.

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Sexta-feira, 5 de Dezembro de 2008

GSTVi: Nova geração de simulação

Tiago Carvalho | C12
 
European Space Agency
 
Darmstadt |Alemanha
 

A minha chegada a Darmstadt, na Alemanha foi uma porta de entrada para o mundo profissional. Apesar de encarar todos os desafios como uma boa oportunidade de aprender algo novo, os primeiros tempos não foram muito fáceis, pois as metodologias de trabalho, bem como os conceitos da área aeroespacial eram, para mim, totalmente desconhecidos.

 

A ESA tem como objectivo promover a indústria espacial europeia, tendo como base o desenvolvimento de produtos que, posteriormente, servirão para apoiar as missões em desenvolvimento. O meu papel neste cenário era de interface entre as duas partes: as missões e a infra-estrutura, tendo como função verificar, validar e criar produtos que empresas parceiras desenvolvessem.

 

Aquando a minha chegada, um produto denominado GSTVi (Ground Systems Tests and Validation infrastructure) tinha acabado de ser entregue à ESA por parte da indústria, e a ESA era responsável pela fase de testes ao produto, sua validação, integração com as missões e promoção do mesmo como peça chave para o seu sucesso.

 

Até então, a ESA tinha diversas ferramentas para testar os sistemas terrestres. Muitas delas eram desenvolvidas exclusivamente para uma dada fase de testes ou para um determinado componente, verificando-se dispersão quanto à interface de utilizador e sendo várias funcionalidades repetidas pelas diferentes ferramentas.

Nesse sentido, a secção de infra-estrutura da ESA decidiu que era tempo de desenvolver uma ferramenta que conseguisse harmonizar todas as fases de testes, com interface gráfico comum, reutilização dos testes e possível desenvolvimento futuro, de acordo com as exigências das missões. O caminho estava, assim, aberto à criação de um novo produto que iria, então, ser designado por GSTVi (Ground Systems Tests and Validation infrastructure).

 

Este produto, à primeira vista, pode não ter grande significado para um simples leitor mas, no cenário corrente da ESA, torna-se uma peça chave nas fases de validação das missões pois, entre muitos dos seus atributos, permite a validação de um sistema isoladamente dos outros sistemas da cadeia que compõe toda uma missão.

 

A minha função enquanto estagiário consistia em enquadrar-me na equipa de testes do produto, para garantir a aquisição de algum know-how e, posteriormente, integrar o mesmo em duas missões: Cryosat 2 e Swarm.

 

Actualmente, com todo o sucesso deste produto e o interesse cresceste por parte das diversas equipas da ESA na sua aquisição, este torna-se um exemplo do trabalho que pode ser desenvolvido em parceria com a ESA e uma demonstração de que a indústria aeroespacial europeia continua na “mó de cima” de um barco que é a UE.

 

Será, pois, de louvar a participação de empresas portuguesas, tais como a Evolve Space Solutions, Active Space Technologies e Rotacional, nos projectos da ESA, tendo estas mais de 20 funcionários divididos pelas diferentes estruturas da ESA, integrados em diferentes projectos numa indústria que move mais de 20 biliões de euros anualmente.

 

Seria visto de bom grado o interesse de mais empresas portuguesas que procurassem expandir-se nesta área que, apesar de ter uma fasquia elevada na sua integração, proporciona boas retomas económicas.

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Domingo, 9 de Novembro de 2008

Empreendedorismo Espacial

João Geraldes  |  C12

 

Rotacional

Noordwijk | Holanda

 

Localizado na pequena cidade de Noordwijk na Holanda, o European Space Research and Technology Centre (ESTEC) é o berço da maioria dos projectos da Agência Espacial Europeia (ESA). É aqui que a ESA e os seus 17 estados membros se juntam para desenvolver uma diversa gama de ambiciosos projectos espaciais, tornando possível a concretização de objectivos que individualmente seriam impossíveis de realizar. Por entre os diversos projectos permanece o desenvolvimento cientifico e novas aplicações na exploração espacial, contribuindo para uma cada vez mais vigorosa industria espacial europeia.
 
O ESTEC conta com mais de 2000 especialistas distribuídos por entre os variados projectos que se encontram em curso, e é a maior das infra-estruturas da ESA, sendo este considerado o coração da ESA. 90% do orçamento da ESA é usado em contractos com industria. Isto resulta na criação de aproximadamente 1000 contractos com companhias europeias e canadianas todos os anos. Estes contractos geram mais de 30 000 postos de trabalho qualificados, contabilizando receitas anuais entre 5-6 biliões de Euros. A ESA coloca cerca de 1,6 biliões de euros todos os anos em contractos com industrias Europeias. Estes factores fazem da ESA o mais importante cliente da industria espacial europeia.
Um dos elementos fundamentais da ESA é o principio do retorno geográfico: onde contractos são feitos num determinado pais consoante a participação desse pais para o orçamento da ESA. Apesar de alguns programas serem de caracter obrigatório para os estados membros contribuírem de acordo com o seu produto nacional bruto (PNB), outros programas são opcionais, onde cada estado membro decide individualmente até que nível deseja participar. Tentando a ESA garantir assim ás empresas e instituições dos estados membros, uma igualdade de oportunidade de negócio. Estas oportunidades de negócio são dispostas como invitation to tender (ITT) e encontram-se disponíveis para consulta no sistema EMITS (http://emits.esa.int).
 
A ESA contribui também para o desenvolvimento da industria europeia com o Technology Transfer Programme Office (TTPO). Onde a sua principal função é demonstrar aos cidadãos europeus alguns dos benefícios do programa espacial europeu e fortalecer a competitividade da industria europeia. Este fortalecimento é realizado encorajando os benefícios e potencial comercial de tecnologia espacial para aplicações não-espaciais, que por seu lado, resultam em produtos inovativos e geração de novos empregos na Europa. Actuando sobre a premissa que muita da tecnologia desenvolvida sobre programas espaciais pode ser transferida para novas aplicações terrestres - particularmente aquelas que melhoram o nosso dia-a-dia.
 
O Technology Transfer and Promotion Office, agora chamado Technology Transfer Programme Office (estabelecido em 1990), facilita a transferência entre as tecnologias espacial e terrestre apoiando o desenvolvimento e comercialização destas aplicações. Um dos métodos de implementação deste apoio é a incubadora de negócios (European Space Incubador), onde empresas em inicio de actividade dispõem de serviços operacionais, know-how num ambiente altamente tecnológico e fácil acesso a especialistas técnicos da ESA entre outros. Por entre os apoios fornecidos destacam-se: Financiamento; Acesso a suporte de engenharia por parte de especialistas da ESA; Acesso a recursos da ESA (laboratórios, workshops e etc); Desenvolvimento de negócio e aconselhamento; Acesso a parcerias estratégicas e networking; Escritórios num ambiente de negócio. Todas estes pontos fazem da incubadora de negócios da ESA um exemplo a seguir com bastantes casos de sucesso na criação/desenvolvimento de industrias tecnológicas europeias.
 
Por outro lado a ESA contribui na formação de jovens quadros com o seu programa de Young Graduate Trainees (IGT's). Este programa encontra-se maioritariamente orientado para as áreas de engenharia/ciência, consistindo num estágio de um ano com o objectivo de fornecer ao jovem licenciado uma valiosa experiência de trabalho e preparação para futuro emprego na industria/pesquisa cientifica espacial. Todas estas razões fazem da ESA uma forte contribuição para o desenvolvimento de empresas e individuais em variadas áreas, possibilitando por um lado a criação e/ou desenvolvimento de industrias através das possibilidades de negócio e apoios, como também a integração de jovens profissionais no mercado de trabalho através de um ambiente de alta aprendizagem e criação de contactos, algo imprescindível para o futuro de um jovem empreendedor.
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Domingo, 7 de Setembro de 2008

Inovação, Tecnologia e Burocracia

    Tiago Grácio    |    C12

 

 

PT Inovação

Brasil

 

 

Face ao mediatismo actual do tema da globalização, muitos são os países emergentes agregados a este fluxo. Portugal, como tantos outros países, sentiu-se forçado a procurar oportunidades de negócio fora de portas, as empresas procuram investir nos mercados exteriores e os jovens predispõem-se a oportunidades de carreiras internacionais. Na minha perspectiva, tal como na de outros tantos jovens, coloca-se uma questão pertinente: Qual a melhor forma de iniciar uma experiência profissional além fronteiras? Obtive resposta através do programa Inov Contacto e está a revelar-se bastante aliciante: Um estágio inovador numa empresa de inovação.

 

Fiquei bastante satisfeito pela oportunidade de poder integrar uma empresa como a PT Inovação. Empresa jovem, cuja credibilidade assenta em 50 anos de experiência em telecomunicações, funcionando desde o início como âncora tecnológica do grupo Portugal Telecom. Actualmente, é uma empresa com negócios espalhados por 4 continentes, sendo os PALOP’s aqueles com maior destaque. Um dos países que tem tido maior volume de negócios é o Brasil, muito por influência de uma forte parceria com a operadora Vivo.

 

Apesar deste país nunca ter feito parte das minhas escolhas no que concerne ao desenvolvimento da minha experiência internacional (um pouco devido ao inexistente desafio linguístico), foi-me dada a oportunidade de aqui trabalhar por um período de 7 meses. Com um mês decorrido de estágio, já posso acrescentar alguns factores e números sobre o país que me acolheu.

 

O Brasil é, geograficamente, o quinto maior país do mundo e conta com uma população de 190 milhões de habitantes, colocando-o na mesma posição mundial em termos populacionais. Estas características movimentam anualmente um Produto Interno Bruto (PIB) de 0,76 triliões de Euros, classificando-o como sétimo maior mercado consumidor do planeta.

De acordo com a nova metodologia do Banco Mundial, o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking das nações estrangeiras, com maior número de empresas detentoras de acções e títulos de valores da bolsa de Nova Iorque. Estes números são gigantescos e, totalmente fora da realidade de um pequeno país como Portugal. Para algumas empresas portuguesas, que atingem um certo patamar no mercado nacional, torna-se obrigatório a expansão das frentes de negócio. O mercado Brasileiro apresenta-se, como uma boa oportunidade, embora muitos entraves surjam no decorrer da implementação do negócio. A burocracia é o monstro feio do processo. Segundo Marcelo Lu, analista do Banco Mundial que participou na elaboração de um estudo sobre este tema, com a redução da burocracia, o Brasil poderia subir 2,2 pontos percentuais no crescimento anual do produto interno bruto (PIB). Em média são necessários seis procedimentos, 8% do rendimento per capita e 27 dias para o começo de um negócio num país dito rico. No Brasil são necessários, em média, 17 procedimentos, 11,7% do rendimento per capita e 152 dias, colocando-o na penúltima posição da América Latina em termos de facilidade de abertura de novos negócios, estando apenas à frente do Haiti. O maior problema é que estas barreiras burocráticas não se restringem apenas ao estabelecimento de novos negócios. Na maioria dos processos administrativos do dia-a-dia, é possível encontrar estes atritos que atrasam, significativamente, uma saudável e eficiente evolução do mercado.

 

Embora o Brasil seja um país excessivamente burocrático, também apresenta outros valores que não podem ser desprezados, no que diz respeito à ciência, tecnologia e inovação. Possui, de momento, o maior sistema organizacional da América Latina nestas áreas, resultante de investigações e projectos efectuados nos últimos 50 anos. Destacam-se a prospecção de petróleo em águas profundas, a construção de aeronaves, recordes de exportação no sector agronómico e um grande sucesso das empresas de TI, que conseguiram alguns feitos notáveis relativamente a software. Muitos destes resultados devem-se à actual política virada para as oportunidades de desenvolvimento científico e tecnológico, sendo este, um país com a possibilidade de poder vingar futuramente no mercado mundial. No entanto, a situação burocrática necessita de uma revisão urgente por parte do governo.

 

Fontes:

www.bbc.co.uk/portuguese/

www.brasiltecnologico.com.br

 

publicado por visaocontacto às 09:00
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Segunda-feira, 5 de Março de 2007

Primeiras Impressões

André Leitão

Maine Avenue Technologies

Espanha, Madrid

 

Quando no dia 15 de Janeiro entrei pela primeira vez no Pabellón C da Universidad Autónoma de Madrid, parte integrante do Parque Científico de Madrid, onde irei trabalhar nos próximos meses (passada a experiência aterrorizante de encontrar casa para alugar em Madrid), a única coisa que tinha tido a preocupação de aprender em espanhol era a diferença entre tu e você, levava então a frase pronta “Buenos dias Don Javier, ¿cómo está usted?”afinal, não é de animo leve que vamos para um encontro com o dono da empresa onde vamos trabalhar, e nosso patrão nos próximos meses. Foi com agradável surpresa que ouvi as suas primeiras palavras, “André, vamos tornar uma coisa clara, tu és o André, eu sou o Javier, a partir de agora não há aqui ustedes”, essa primeira impressão, como eu vim mais tarde a confirmar, estabelece a grande diferença de ambiente de trabalho entre Portugal e Espanha, a hierarquia está definida, sabemos o nosso lugar, mas há um ambiente de trabalho descontraído e de entreajuda vertical.

 

São normais as pausas descontraídas a tomar um café, onde se brinca entre todos, e em que aproveito para descobrir um pouco das diferenças entre os povos latinos (vantagens de ter um colega francês em Espanha).

 

O ritmo de trabalho em Espanha é semelhante a Portugal, e no fim do dia os objectivos atingidos são basicamente os mesmos em termos de volume (o tão falado fosso de produtividade entre Portugal e o resto da Europa não é tão grande assim), sendo que a grande diferença é que no final ainda sobram energias para aproveitar a vida e noite madrilena. E aqui reside a outra grande diferença entre “nosotros e nuestros hermanos”, vive-se a vida!

A quantidade de orgulho é igual, a quantidade de energia é igual, até a fisionomia é basicamente igual, mas o pessimismo, esse é somente nosso.

O tempo passado em Madrid não é tanto assim, e as diferenças não são as suficientes para adornar este testemunho com histórias hilariantes ou chocantes, como se estivesse num destino mais exótico, a experiência cultural não é “helada” nem “caliente” é morna portanto.

Espero numa próxima oportunidade falar sobre a experiência de trabalho propriamente dita, que tem sido fantástica, pois estou a trabalhar numa área que adoro, e a empresa é realmente inovadora. 

publicado por visaocontacto às 10:56
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